sábado, 31 de maio de 2014

Decepção de filhos...

E eis que depois de uma longa espera o filme Malévola chegou aos cinemas na última quinta feira. Não vou mentir e dizer que estava roendo as unhas e super ansiosa, porque não estava... Live action da Disney como está na moda e agora contando a versão da bruxa má.
Estava curiosa por todos os teasers, traillers, posters e todos os outros materiais que vinham sendo liberados ao longo dos últimos meses e  porque meus filhos não me deixaram ignorar que esse é o final de semana de estreia.


Então depois de uma batalha por horários,acertos e negociações saímos para a sessão de 18:20 h DUBLADA (eu sofro!) no Boulevard Shopping. Odeio filme dublado, mas como a Ana ainda lê devagar, negociei com o Miguel e, como era num horário possível... 40 minutos de fila e quase na nossa vez a sessão lota. Tensão no ar... A mãe que estava na nossa frente com 2 crianças bem menores desistiu e quase quis perguntar se não era melhor desistirmos também, mas não. Ao invés disso perguntei à Ana se ela dava conta de ler alguma coisa e que eu ajudaria... A vontade de ver o filme era tanta que ela disse que tentaria e desconfio que ela tentaria entender mandarim se fosse o caso, só prá ver a Angelina Jolie chifruda e, por incrível que pareça, muito linda...
Ingressos comprados para a sessão legendada (IUPIII !!) das 19 horas. Bons lugares. Tudo ok. Tempo exato para a compra dos chocolatinhos e do xixi. Nas idas ao cinema com a Ana a água está fora de questão, porque de outra forma tenho que sair no meio do filme para que ela esvazie a bexiguinha de passarinho...
Entramos. Começa Miguel a agitar as pernas, ansioso. Ana começa tagarelar que as luzes não apagavam e eu confesso que comi meus chocolates, visto que agora são uma iguaria rara na minha vida...
As luzes apagam e começa o trailler de "Como treinar seu dragão 2". Estava meio desfocado. Achei esquisito, mas sei lá...
Aí começou o filme. 5 minutos de fime e tudo totalmente desfocado. Se a imagem estava boa, as legendas eram ilegíveis; e o contrário também era verdade. O pessoal começou a reclamar e a gritar "FOCO!". Aí apagou tudo. Passaram uns 10 minutos e o filme recomeçou, A mesma coisa, tudo desfocado. Apaga tudo de novo... Reclamação geral, começou o entra e sai de gente e aparece  o responsável informando que  o projetor estava com problema, que era a segunda vez no dia, que não seria possível continuar a exibição do filme e que passássemos no guichê para receber o dinheiro de volta ou para revalidar o ingresso para outro dia... Tive até medo de olhar para o rosto do Miguel porque pela agitação das pernas eu já sabia.
Como confiar e revalidar o ingresso para outro dia? Segunda vez no mesmo dia...
Fico chateada por ver mais uma vez a falta de cuidado dos estabelecimentos com o consumidor: "Não deu certo, sem problemas, devolvemos o dinheiro..." Não é pelo dinheiro apenas. É toda uma expectativa frustrada, é a decepção estampada no rosto das suas crianças e de outras tantas!!
Não gostei, não sei se volto a assistir algum outro filme no Cineart do Boulevard Shopping, embora já tenha ido algumas vezes e nunca tenha tido problemas. O tempo dirá...
Amanhã faremos nova tentativa, em outro shopping.
Se der certo, eu conto...


Beijocas,
Lela.

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domingo, 25 de maio de 2014

Fazendo nada

Domingo.
Até Deus descansou no Domingo...
Dia Internacional da Preguiça, meu pecadinho predileto.
Acordei tarde. Passei o dia de camisola, não arrumei minha cama, o almoço já estava pronto. O Paraíso!
Encaro o domingo quase como um retiro espiritual, uma preparação para a semana, não só para a segunda feira.
E que semana!
Mas deixa a bendita prá lá e voltemos ao Domingo.
Acordei hoje com o Mário chegando de viagem. Tinha acordado muito cedo no sábado e não descansei, ao contrário, não parei. Dormi tarde e acordei várias vezes na madrugada por causa do Teco, o novo habitante de 4 patas, que ainda chora de madrugada. Não foi ideia minha, juro!
E ainda estou tomando remedinho para a minha vertigem e ele me deixa lerdinha,lerdinha... É sono que não acaba, pelo menos agora na hora certa.
Gosto de fazer nada aos domingos e acho que sempre foi assim...


Domingo era dia de voltar de viagem ouvindo o jogo pela rádio Globo (AM...Oh,Deus!! A minha idade é revelada pelos detalhes que vou lembrando...); de pegar engarrafamento na Avenida Brasil; de ver Os Trapalhões; de ir à casa do vovô Nato tomar Coca Cola e comer biscoitos; ou então ver as tias Cicinha e Oraida, velhinhas simpáticas e complementares e que qualquer dia aparecerão por aqui. Era dia também que o Jayminho voltava para o Colégio e depois para a Escola. Então virou um dia de despedidas.
Minha amiga Patricia, que foi fazer festa no Céu cedo demais, dizia que ficava deprimida com a música do Fantástico, porque domingo estava ligado ao fim de férias, feriados e afins. Todos iam embora e ela continuava lá em Estrela Dalva. Realmente, a cidade era pequena para os sonhos dela.
Até em Estrela os domingos são chatos, depois da Missa não tem mais nada. Esse ano foi diferente porque na segunda era feriado. Aí foi bom: rua cheia, amigos na praça, conversas, risos, pipocas,fofocas, brincadeiras de filhos e coleguinhas... Saudades...
Nem parecia domingo.

Boa semana!
Beijoca,
Lela.


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sexta-feira, 23 de maio de 2014

Um dia terei um dia de fúria...

Não sou politicamente correta, de forma alguma.
Sou muitas coisas: irônica, debochada, estressada, ansiosa... Bagunceira, embora deteste e jure que vou mudar. Chego atrasada. Tenho preguiça/ falta de coragem...
Falo coisas que tenho que falar, muitas vezes de modo brusco.
Falo alto e parece que estou sempre brigando com alguém.
Sou curiosa, além do limite do aceitável... Morro quando sei que alguém sabe alguma coisa que eu não sei e, nunca diga que depois quer falar comigo. Fale agora ou eu mato!
Mas mal educada acho que não sou. Dou bom dia, boa tarde e boa noite. Deixo os mais velhos entrarem ou saírem na minha frente, mesmo que depois eles (tadinhos...) fiquem em passo de tartaruga na minha frente.
Não furo fila, não fecho cruzamento,paro antes da faixa de pedestres. Quando andava de ônibus, não sentava nos lugares reservados aos idosos, gestantes...Não paro nunca em vaga de idoso ou de portadores de necessidades especiais. Sem falar que não sou fumante então não preciso levantar para ir "lá fora"... E que não jogo lixo na rua. Espero o vizinho que está chegando para subir (dependendo do vizinho, confesso...)
Mas não faço nada especial; isso é o correto. Nem tinha que estar falando sobre isso: lei é lei, certo é certo, educação é educação...
Agora tem gente que é demais e aí minha irritação vai até a Lua. O carro da pessoa é grande, mas ela vai ao supermercado e para em duas vagas. ATRAVESSADO!!!. Não pode ser possível. Adoro essas SUVs , caminhonetes, Land Rovers da vida, mas vamos combinar que elas cabem em uma vaga de supermercado, seu folgados?? Que droga!!


E a outra que vem com seus carrinhos de compra, descarrega no porta malas e vai embora sem levar o carrinho de volta. E ainda deixa os benditos no meio das vagas. O fim.
Antes que você pense que sou contra os mais favorecidos já vou avisando, não sou. Gosto muito e trabalho demais para, quem sabe um dia poder chegar a uma Pajero abarrotada de compras do Verde Mar ,com tudo do bom e do melhor para a minha família. Pagarei em cash, sacado de uma belíssima Louis Vuitton. Ou seja, totalmente capitalista e consumista. Mas daí a ser mal educada vai uma diferença.
E antes que você também pense que só olho para os "abonados", de que lugar do inferno saíram a maioria dos motoqueiros??? Cortam por todos os lados, qualquer dia vão passar mesmo por cima do carro, arranham a pintura, estragam retrovisor. Tenho vontade de esfolar todos. E quando vão fazer entregas e chegam de capacete. E os entregadores?? Hoje de manhã subia no elevador para começar o dia. Antes das 8 da manhã, o cidadão entrou junto comigo, com o celular berrando uma música sertaneja que falava de um corno, de um espertão e de uma desclassificada  casada, praticamente em triângulo amoroso do qual o marido fazia parte sem saber... Michael Douglas feellings... 6 pessoas e o bonito do moço curtindo, sem fone...



Vamos combinar???
É muito, né gente?

Beijos e bom final de semana,
Lela.


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                      E agora: recadinho para um folgadinho...



quinta-feira, 15 de maio de 2014

Mães

Mãe é chata?? É.
Muito demais.
Sabe tudo, ou pressente tudo.
Bota o nariz onde não deve.
Interfere.
Dá opinião sem ser convidada a falar.
Grita por causa de tudo: das meias ao armário de livros.
Jura que não vai falar mais, que vai deixar prá lá, que vai deixar todo mundo de lado, ou que pior, vai entregar de bandeja para o pai e aí eles vão ver o que é bom.
Teima em arrumar a mochila porque "não está do jeito certo".
Tem sempre a bronca individualizada, na ponta da língua: "Não me interessa a nota de toda mundo,não sou mãe de todo mundo!!"; ou então a clássica "A mãe de todo mundo deixa, mas eu sou SUA mãe e não de todo mundo; não vai e pronto!!"
É um saco quando a gente é filho...Mas totalmente compreensível quando passamos para o time delas. É isso mesmo e no fundo nos sentimos individualizados mesmo, únicos, e isso nos torna especiais
Especialidade de mãe é fazer com que sejamos especiais: lindos, inteligentes, espertos, amorosos e por aí vai.
A tal da mãe teima em brigar e ir contra tudo e contra todos...
ELA pode brigar, falar, reclamar dos filhos; só ela que fique bem claro!! Nem o pai pode.
A mãe gosta dos filhos com amor na mesma quantidade, mas de formas diferentes e que às vezes parece uma forma muito esquisita de amor. Mas não se enganem, é amor!! O mais puro, desvairado e desmedido amor, nunca duvidem por favor...Se forem 2 filhos, o mesmo amor,nas mesmas quantidades,mas de formas diferentes; e se forem 4,7,15...Serão 15 mães dentro de uma só mulher.


Não tem nada nem ninguém que chegue perto, que ameace esse amor.
Mãe ama bilhetinhos, desenhos, garatujas, seu nome escrito com aquela letrinha torta.
Mãe adora chameguinhos, macaco aranha só para levar do quarto para a sala; ama os desenhos, os jogos de tabuleiro.
Passa a adorar até o Harry Potter, chegando a saber os feitiços e a repetí-los junto com os atores.
Passa a pintar as unhas de rosa...
Mas continua brigando, correndo atrás da bagunça, e se desdizendo, porque vai lá e arruma a zona toda de novo e depois recomeça a reclamação.
Mãe é chata. É briguenta. É pegajosa.
Paga mico. Dá vexame.
E não há nada que se possa fazer contra elas.
Só a favor.

Beijos,
Lela.


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quarta-feira, 14 de maio de 2014

Doente

E aí você se vê doente.
Sem febre,sem dor, sem catarro, sem febre...
Sem nada disso, mas me peguei tonta há mais de 1 semana, mal conseguindo ficar de pé sozinha.
Primeiro achei que minha tontura tivesse ocorrido porque levantei rápido no sábado de manhã prá fazer um xixizinho...Quase dei de cara na porta do closet e fui obrigada a sentar.
Depois esbarrei com o carro na pilastra e minha desculpa foi:"não estava prestando atenção"...
Na terceira vez (só de manhã),fiquei tonta e gelada no shopping e desse vez a desculpa foi a falta do café da manhã.
Ao longo do dia,não melhorou; ao contrário,foi ficando pior, até que não pude deixar prá lá e fingir que não estava acontecendo. Como médica, tinha algumas ideias do diagnóstico,mas como não sou especialista, liguei para a minha amiguinha Otorrino. Só que era domingo e ela estava de plantão. Então fui para o pronto atendimento.
A médica virou paciente...


O diagnóstico foi VPPB, vertigem paroxística benigna. Ou seja, passa.
Que bom.
Só que demora, mais do que eu gostaria. Quase 15 dias afastada das atividades habituais e sem dirigir.
E sem tomar café.
E sem comer doces.
Ou seja, quase cortando os pulsos.
Roubei um bombom de banana, daqueles que ficam mofando na caixa e ninguém quer, pois é, eu quis e achei uma delícia.
Descobri o capuccino descafeínado e é o que está me salvando a vida nos cafés da manhã.
A semana passou devagar, com motorista e com direitos a muitas dormidas, já que não podia nem ler muito, muito menos TV e PC...
Aí o meu motorista quebrou a mão... E lá fui eu tonta e de taxi com ele para o hospital. Engraçadíssimo nós dois no hospital: a tonta e o outro com a mão engessada. Mas deu certo.


Estou melhorando devagar, ainda tontinha ao fazer determinados movimentos.
Mário segue com o braço na tipóia.
Mas seguimos a vida, com a ajuda da Helena, dos nossos filhos e com as orações dos nossos parentes e amigos. E com a grande certeza de que não há mal que sempre dure.

Beijos de saudades,

Lela.

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quinta-feira, 1 de maio de 2014

Começando...

Há tempos venho ensaiando esse começo,mas por uma série de atropelos da vida venho adiando.Falar de quê,prá quê prá quem??Prá mim mesma,ora!!Se alguém vai ler é outra história...
Meus pensamentos são tão variados e vão de um lugar a outro em frações de segundo que às vezes não termino nenhum (rsrs).
Consigo focar quando estou no trabalho e aí volto toda a minha atenção para escutar o que as mães/pais/crianças têm a dizer.Ouço suas queixas, suas dores,seus medos e tento, na medida do possível, fazer com que elas fiquem menores.Consigo?Às vezes,nem sempre,frequentemente...Mas eu tento!
Venho tentando há quase 20 anos e tenho me sentido cansada de uns tempos prá cá. Não cansada das crianças,isso nunca!!Cansada do formato da assistência ,tanto pública, quanto particular. É um modelo massacrante tanto para os profissionais como para a população.E depois de tanto tempo cansa mesmo.
É a idade??Talvez,não sei...
Hoje me divido entre os meus trabalhos e os meus filhos.Realidades diferentes,idades diferentes.Tenho pouco tempo para as outras coisas e muito sono sempre!Tem sempre alguma coisa sendo deixada para trás e estou sempre atrás do relógio.Coelha da Alice...



 Gosto de tantas coisas, mas me sinto um pouco como na música do Kid Abelha :"eu sei de quase tudo um pouco e quase tudo mal..."
Mas,nos dias de hoje,quem não?
Beijo,
               Lela.


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Ayrton Senna

20 anos.
Outro século.
Outras tecnologias.
Praticamente outra vida.
Como várias vezes acontecia, estava na casa da Tia Sônia com a Jô e o Dudu.
Acordamos e fomos para a frente da TV porque era Ímola e era o Ayrton, que de equipe nova, ainda não tinha conseguido vencer. Mas daquele domingo não passaria...
E foi com surpresa que assistimos o carro azul não fazer a curva Tamburello e bater. Surpresa que virou agonia, que virou silêncio, que virou agonia de novo e que, por fim, virou dor.
Ayrton Senna estava morto.
Aquele que desafiava o perigo, limites, curvas, retas, motores, pneus, pilotos, chefões...
Aquele que era um esportista, mas que tinha tanta gana de vencer que dava umas bolas fora...
Aquele que levava alegria a muitos desgostosos com o esporte, já que a Seleção Canarinho estava desacreditada para a Copa de 94, mal das pernas mesmo...
Aquele que fazia com que minha avó ficasse paradinha sem piscar vendo as corridas domingo.
Homem, ídolo,herói, mito.


E agora os domingos seriam incompletos, sem o "Tã,tã.tã"...
Para quem não viveu realmente os anos 80 e 90 talvez fique difícil entender tamanha reverência. Acho que não é só pelo esportista que o Senna foi. Mas por ele ter mostrado que era brasileiro e não esconder ou diminuir esse fato, não fazer da sua nacionalidade um detalhe. Não. Ele mostrava a bandeira, carregava no bolso, pegava de quem tinha. Fazia questão de esfregar na cara do mundo as cores verde e amarela. Apesar de tudo que esse país vivia nos anos 80 e início dos 90.
Mas sem oba oba, gritaria. Mostrando seriedade com seu trabalho, comprometimento e deixando claro que o sucesso era fruto de um trabalho duro, duríssimo e que no final lhe custou a vida.
Ele era um fora de série, lógico que era! Mas ele trabalhava para aprimorar o que lhe foi dado. O tempo todo.


Deu alegria sim, mas deu exemplo.
E o seu maior legado a seriedade e o comprometimento.
E lá se vão 20 anos.
Será que hoje, já existem na Medicina, recursos que mudassem o final dessa história? Ou será que valeria a pena mudar esse final? Não sei... O que será que Michael Schumacher preferiria, se pudesse escolher??
O que sei é que as corridas foram perdendo a graça até chegarem ao ponto em que estão: sem graça nenhuma.
É isso.

Valeu, Ayrton!
Bom feriado a todos...

Beijos,
Lela.

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