20 anos.
Outro século.
Outras tecnologias.
Praticamente outra vida.
Como várias vezes acontecia, estava na casa da Tia Sônia com a Jô e o Dudu.
Acordamos e fomos para a frente da TV porque era Ímola e era o Ayrton, que de equipe nova, ainda não tinha conseguido vencer. Mas daquele domingo não passaria...
E foi com surpresa que assistimos o carro azul não fazer a curva Tamburello e bater. Surpresa que virou agonia, que virou silêncio, que virou agonia de novo e que, por fim, virou dor.
Ayrton Senna estava morto.
Aquele que desafiava o perigo, limites, curvas, retas, motores, pneus, pilotos, chefões...
Aquele que era um esportista, mas que tinha tanta gana de vencer que dava umas bolas fora...
Aquele que levava alegria a muitos desgostosos com o esporte, já que a Seleção Canarinho estava desacreditada para a Copa de 94, mal das pernas mesmo...
Aquele que fazia com que minha avó ficasse paradinha sem piscar vendo as corridas domingo.
Homem, ídolo,herói, mito.
E agora os domingos seriam incompletos, sem o "Tã,tã.tã"...
Para quem não viveu realmente os anos 80 e 90 talvez fique difícil entender tamanha reverência. Acho que não é só pelo esportista que o Senna foi. Mas por ele ter mostrado que era brasileiro e não esconder ou diminuir esse fato, não fazer da sua nacionalidade um detalhe. Não. Ele mostrava a bandeira, carregava no bolso, pegava de quem tinha. Fazia questão de esfregar na cara do mundo as cores verde e amarela. Apesar de tudo que esse país vivia nos anos 80 e início dos 90.
Mas sem oba oba, gritaria. Mostrando seriedade com seu trabalho, comprometimento e deixando claro que o sucesso era fruto de um trabalho duro, duríssimo e que no final lhe custou a vida.
Ele era um fora de série, lógico que era! Mas ele trabalhava para aprimorar o que lhe foi dado. O tempo todo.
Deu alegria sim, mas deu exemplo.
E o seu maior legado a seriedade e o comprometimento.
E lá se vão 20 anos.
Será que hoje, já existem na Medicina, recursos que mudassem o final dessa história? Ou será que valeria a pena mudar esse final? Não sei... O que será que Michael Schumacher preferiria, se pudesse escolher??
O que sei é que as corridas foram perdendo a graça até chegarem ao ponto em que estão: sem graça nenhuma.
É isso.
Valeu, Ayrton!
Bom feriado a todos...
Beijos,
Lela.
Leia também: Como eu sei o Hino da Alemanha
Vinícius De Moraes
quinta-feira, 1 de maio de 2014
Ayrton Senna
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