segunda-feira, 27 de outubro de 2014

1 ano !!

É, tem 1 no que tomei coragem de me expor e escrever sobre as minhas coisas. Que quisesse ler, bem; que não quisesse, amém!
Coincidencia ou não, esta será a centésima postagem publicada. Escrevi muitas, deletei outras tantas e aqui estou depois de um ano.
A quem lê com frequencia o meu humilde blog, só tenho a agradecer pelo carinho, incentivo, críticas (né, Amorzinho??...).
Agradeço de todo coração por terem parado em algum momento do dia para ver que sou tosca, apaixonada pelos meus; que tenho preguiça, ódio de engarrafamento e de gente folgada onde quer que elas estejam. Que não posso com uma quadro torto, botão desabotoado e sapatos virados; que tenho preconceito ortográfico...
Que o Metropolitano está no arquivo das melhores coisas que me aconteceram na vida.
Que adoro Inglês, apesar dos pesares e do "teacher"...
Que tenho muita, muita, muita, muita, muita saudade do meu pai e da Patrícia.
Que o Ronald teve a indelicadeza de ir embora dessa vida sem avisar.
Que gosto de música, de livros, de bolsas e sapatos.
Que Palestina era minha amiga imaginária e tinha sido sequestrada, tadinha!
Que sou Flamengo e tenho uma nega (neguinha, tá certo...) chamada Teresa, com S e não com Z, que é Ana e não Maria; que ela tem quase 8, mas é uma alminha tão velha que desconcerta, pois parece ter 28.
Que tenho o Miguel que me desconcerta também; com uma ingenuidade dentro de 1,65m; que é doce,doce, doce... São água e vinho; sal e pimenta. E por isso tenho que ser duas mães dentro de uma só.


Que perco o sono em véspera de pagamento.
Que choro, se bem que tem sido mais "por dentro" que "por fora".
Que converso com Deus como se Ele estivesse no meu banco do carona e quando Ele responde, às vezes viro de lado e pergunto: "Tem certeza, Senhor??"
Que agora uso óculos para perto.
Que depois que a Ana cresceu um tiquinho e apareceu um tantão, passei a adorar uma frescurinha!
Que não sei cozinhar, que queria ser magra, mas que comer é irresistivelmente bom!!
Que embora não pareça, admito, eu tenho coração.
Tudo isso, quem me acompanha descobriu.
Revisei muitas coisas de mim mesma com esse blog e isso está sendo o mais bacana de tudo.
Espero ter assunto prá mais um(ns) ano(s).

Beijinhhos, beijocas e beijões,
Lela.

Leia também: Tumitinha, Palestina e outras confusões...
                        Coisas de Mocinha
                        A "Saga" do Curso de Inglês

terça-feira, 21 de outubro de 2014

E a chuva que teima em não descer direito

Esse ano a chuva não veio na época e na quantidade que deveria.
Está sendo um ano quente  e muito seco.
O ar está pesado, difícil de respirar. Alergias pipocando para todos os lados e para as pessoas que, como eu, apenas de-tes-tam calor, o mau humor abunda.
Odeio calor, esse negócio de tostar no Sol não é e nem nunca foi a minha praia (não resisti, sorry!)... Lembro das filas dos ônibus para a praia sábados e domingos, já que morava em frente aos pontos finais do 455 e 456. Era pequena e já pensava: "Deus me livre!!" e , sinceramente, tanto pelo calor como por encarar um busão para ir à praia, Deus me livre meeesmo!
Papai dizia que se algum dia ficasse rico, mas muito rico, teria como objetivo na vida perseguir os 20 graus; era um homem muito sábio, mas acho que perseguiria os 18.
Desde que me mudei aqui para BH venho notando aos poucos a mudança do clima. Nos primeiros anos na cidade não tinha nem ventilador/circulador de ar em casa. Depois ele chegou de mansinho e agora cada um tem o seu... E aqui é seco prá Dedéu!! O nariz sangra, entope, incomoda.
As serras ao redor da cidade arderam nas últimas semanas e o fogo, além de destruir fauna e flora e colocar mais ainda os mananciais em risco, chegou perto das casas, colocando a vida de muitas pessoas em risco. O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil ,IBAMA, sei lá mais quem não estavam conseguindo dar conta de tantas demandas.
Sem falar no risco de falta de água, porque todo mundo já está falando. Não é só São Paulo que está sofrendo com isso, seja lá por que motivo for: falta de planejamento, dificuldades em assumir que não estavam preparados para uma seca descomunal, ano eleitoral,.. São Pedro de sacanagem...
E ainda tem o Horário de Verão...
Os lagos das represas ao longo do rio Paraíba do Sul (velho conhecido de quem pega a BR 393) estão bem abaixo dos níveis habituais.
Mamãe disse que choveu hoje em Estrela Dalva e essa madrugada a chuva caiu bastante por aqui.
Espero que seja o começo. Peço que chova, mas sem exageros. O ideal seria sem catástrofes, alagamentos,acidentes... O que bastasse para tirar as represas e reservatórios do estado caótico em que se encontram; para que o gado engordasse, as pastagens verdejassem e as lavouras não se perdessem.
Agora uma homenagem do Carlinhos Brown...



Amém!

Beijos,
Lela.

Leia também: Um dia terei um dia de fúria.
                        Falando da chuva
                        Uma sexta feira


Leia também

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Não sabia que enxergava mal...

Há tempos venho notando uma certa preguiça em mim, ou falta de coragem como realmente prefiro.
Livros pela metade, artigos iniciados e deixados de lado, letras pequenas em toda parte, bordados mais simples e nem por isso terminados. Muitas tarefas iniciadas e não terminadas e isso começou a me incomodar e a me fazer pensar.
Estou cansada? Deprimida? Na pré menopausa? Preocupada com outros assuntos? Distraída apenas? Todas as respostas acima e nenhuma das respostas acima.
Descobri que estava com dificuldade de ler, que não estava enxergando.
Ao fazer revisão da minha miopia por volta dos 38-39 anos, ouvi a pergunta engraçadinha do Oftalmologista: "- Está preparada pro multifocal, Gabi?" Não estava e empurrei essa decisão para mais adiante. Ano passado, outro médico, achou que ainda não precisava; pensei satisfeita que havia ultrapassado a barreira dos quarentinha e ainda não precisava do indefectível acessório. Pois é, um ano depois descobri que minhas tarefas que requeriam olhar de perto, mesmo as mais bobinhas como lixar as unhas, não estavam sendo realizadas de forma adequada. Lá fui para o Oftamologista de novo e a bomba: óculos de meia distância e para perto.



Atualmente tenho óculos par ver televisão e dirigir e outro para trabalhar no PC e fazer minhas coisas.
A Presbiopia, ou a famosa vista cansada tarda mas não falha, já que ela vem com o envelhecimento da pessoa e o consequente erijecimento dos músculos ciliares. As causas disso são o aumento contínuo do crsitalino e a perda da elasticidade da sua cápsula, fazendo com que os músculos ciliares não consigam mais modificar seu formato e com isso não consigam mais ajustar seu foca para imagens de perto. É o famoso defeito de acomodação.
Fiz o talzinho para meia distância e perto, mas ainda estava desconfiada que se tratava de um exagero do médico, porque médicos são muito exagerados, como todos sabem...Ao sentar com ele no nariz na frente do computador levei um baita susto: enxergo tudo!! Maravilha!
Não tinha a menor noção que meus olhos estavam pedindo arrego dessa maneira. A tela é grande, as letras são nítidas. Artigos foram terminados, resumos foram feitos e as unhas foram lixadas à perfeição. Estou aguardando pelas férias e pelos bordadinhos...
Por enquanto não tenho condição de inserir meu pequeno grau de miopia e astigmatismo no mesmo "oclinho"... Acho que não vou me adaptar e como tenho labirintite às vezes tenho medo disso contribuir para as minhas zonzeiras ocasionais. Do jeito que está já me satisfaz e resolve meus problemas, só é mais uma coisinha prá eu carregar...
Não me incomodo de usar óculos. Até queria ter várias armações, para combinar com meu humor, roupa, cabelo... Essas coisas bem fresquinhas e mulherzinhas, mas por enquanto isso não é possível. No máximo quando terminar de pagar esse, vou fazer outro pra deixar em casa para uma emergência.
Uma coisa a meu favor: Nuca perdi óculos. Já perdi telefone, chave, bolsa, brinco... Mas óculos jamais.
Ponto prá mim...

Beijos da cegueta,
Lela.

Leia também: Preguiça, não...
                     Aflição, Gastura, Nervoso...De perto ninguém é normal...
                   
                     

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Escreve o que quiser,mas não mata o Português...

Estou há tempos para falar desse assunto,mas confesso que faltava coragem.
Não sou o Professor Pasquale que sabe absolutamente tudo sobre a Língua Portuguesa, mas acho que não faço feio.


Na época do Metropolitano, meus colegas e eu tivemos excelentes professores, verdadeiros mestres, que nos ensinaram a usar um dicionário, a ter curiosidade a respeito de novas palavras, a interpretar o que líamos, a arte do reconto em frente à turma e a escrever.
Não, não era um mar de rosas. Era um martírio ler um livro por mês e num dia determinado ter que estar munido de caneta vermelha e régua para sublinhar as palavras que o Professor Xavier determinava, página por página. Sem régua, não dava, porque ele não deixava. Feito isso, tinha um dia para apresentar as tais palavrinhas ( eram muitas) e ele corrigia. Passava olhando todos os cadernos de todos os 50 colegas da querida turma 50. Lembram disso?
E apresentar a história sob a nossa ótica na frente dele e da turma, no lugar que ele determinava e tendo que fazer gestos para recontar a história? Detalhe que ele incentivava os gestos e até dava uma ajudazinha ao mais "durinhos"...
Toda sexta tinha redação feita no papel almaço e tinha que ter ilustração. O rascunho era corrigido e devolvido para nós. A redação, hoje chamada pomposamente produção de texto, era passada a limpo no Caderno Silhueta, o Caderno Nobre de Redação.
Isso tudo na quinta série, atual sexto ano.
Passado isso, tivemos ainda D. Neyde, Maria Célia, Paulo Roberto, Sepúlveda, Luís...
A língua portuguesa era ensinada, cobrada, exaustivamente treinada. Eram muitos exercícios para que aprendêssemos se as orações eram  coordenadas ou subordinadas; se o objeto era direto ou direto; se o verbo era transitivo ou de ligação. Conjugações verbais já tinham sido aprendidas antes, com a tia Cleide, então não era problema. Escrevíamos cartas, bilhetes... Aprendemos sobre os autores realistas, românticos, modernos, sobre Suspiros Poéticos e Saudades, Navio Negreiro, Lima Barreto, os irmãos Andrade... Nesse ponto já éramos mais velhos, e as coisas só apertavam...
Meus coleguinhas metropolitânicos escrevem muito bem, alguns desde sempre. Têm o dom, lógico, mas este foi lapidado por todos esses professores brilhantes, pela leitura, pelo estudo.
Escrevi isso tudo para dizer que quase morro ao ler determinadas coisas na internet de pseudo-formadores de opinião. Erros ortográficos grosseiros, concordâncias não concordantes e tudo de pior. Deixei de seguir uma criatura no Instagram que convidava para o lançamento de sua coleção de "bolças" e dizendo que as clientes estavam "rochas" (cor) de tanta "anciedade". Morri um pouco ao ler isso, porque foi tudo na mesma postagem. Pelo amor de Deus!!! Ninguém é obrigado a saber, mas vai procurar um dicionário, filha!!!


Na época da faculdade, quando estudava para prova através de apostilas de aulas gravadas, às vezes encontrava um "hambiente" ou "humidade" ou ainda "auterações" na transcrição e essas coisas me deixavam louca!
A geração internet também me enlouquece com a escrita. É tudo abreviado, americanizado e muitas vezes errado (falado e escrito) e essa reforma ortográfica dificultou ainda mais as coisas, pelo menos para mim. Tem acento?? Não tem? A questão resolvida foi a do/a trema. Acabou, com a graça do Senhor.
Cada vez que um dos meus manda mal, eu só olho; e pela minha cara eles sabem, antes que saia um som da minha boca, que eles assassinaram um pouco o Português...
Volto a dizer, quem sou eu para ficar falando,mas certas pessoas deveriam ganhar dicionário de presente de aniversário, Natal, Páscoa, Dia do Amigo, dos Namorados, das Mães, etc... Um Aurélio para determinadas pessoas viria bem a calhar...

Santo Metropolitano!!
Um beijo, queridos professores, onde quer que estejam,

Lela.


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                       Cheiro de livro