quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Famílias, filhos, Mães

Hoje em dia as famílias aceitam as mais diferentes configurações.Temos as chamadas famílias "tradicionais" de papai,mamãe e filhinhos; famílias de dois pais ou de duas mães, com crianças geradas de um dos pares ou adotadas, os "filhos de coração". Famílias apenas com a mãe ou o pai também se fazem representar nos dias de hoje. Famílias tipo colcha de retalhos tipo "os meus,os seus,os nossos"...
Recebo e convivo com famílias de vários tipos e sempre percebo que crianças felizes estão em qualquer um desses lares. A felicidade independe desses detalhes; é maior que tudo.


Admiro muito quem adota uma criança, mas não sei se o faria. pelas mais variadas razões. Estou envelhecendo; meus filhos estão em uma idade que não demandam tanto trabalho braçal (saudade que dá às vezes...) e confesso que temo não ter mais amor sobrando.
Tenho impressão que um filho do coração é como se apaixonar na adolescência: você dorme e acorda pensando na hora que vai reencontrar o ser amado; come ( ou não...) pensando nele, respira esse amor ...É uma flechada!



Convivo com várias mães no trabalho, na escola e na vida afora. Todas são absolutamente loucas de amor pelos seus filhotes (EU!!) e não há diferença entre elas. Todas têm sempre uma gracinha pronta prá contar, guardam o primeiro dentinho, os olhos brilham e se derretem inteiras por eles "de barriga" ou "de coração". Velam o sono, têm culpa por trabalharem demais, por se acharem ausentes e sofrem por eles!!
Como mãe sofre, meu Deus!!
Outro dia tive a infelicidade de testemunhar, até por causa do trabalho, a dor de uma mãe ao receber a notícia da partida de seu filho. Doeu em mim, levei uma bofetada e perdi o rumo de casa. Nenhuma dor se compara àquela; só uma palavra vai conseguir traduzir o olhar dela: vazio. Já vi várias crianças partirem, já fui obrigada, por força da profissão a conversar com parentes e resolver detalhes e não vou me acostumar jamais com essa coisa de criança partir.


Sempre digo que mato e morro pelas minhas crianças e não é figura de linguagem. Se precisarem de uma córnea, eu vou dar; de um rim, pulmão, fígado... Dou tudo, porque o meu coração sempre foi e sempre será deles...
 

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