Vigio beija flor desde pequena.
Já salvei um que entrou na casa da vovó em Estrela Dalva e depois não tinha como sair por causa das vidraças; ficava batendo no vidro e voltando e eu maluca querendo tirá-lo dali de qualquer maneira. Até que ele cansou e quando joguei um lencinho, caiu na minha mão. Naqueles segundos o passarinho ficou quietinho dentro das minhas mãos com o coração disparado e daí voou.
Na casa de Estrela tem aqueles vidrinhos com flores, onde colocamos água para atrair os beija- flores, desde sempre. Antes ficavam pendurados na parreira, mas agora ficam na beira da casa. E eles chegam, de qualquer maneira.
Mesmo com barulho de conversa, eles chegam, bebem a águinha deles e vão embora.
Passarinho muito interessante esse.
Bate as asas tão rápido que nem conseguimos ver, voa de ré, e quase não pára.
Segue a vida voando de lá prá cá e cá prá lá, levando coisas, polinizando flores, carregando sementes.
Levando vida, fazendo a vida, ajudando a vida.
Gosto.
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sábado, 11 de janeiro de 2014
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