Definitivamente não é...
Um lugar que basta ciar uns pingos de chuva já dá um nó no trânsito.
Que tem greves mil por tudo.
Que falta tudo no que se refere a infra estrutura.
Que o BRT Move, não move.
Que não tem Sulfato Ferroso nos centros de saúde.
Que não tem vagas nas UPAS.
Que o pessoal da Saúde foi desaconselhado (proibido mesmo...) de tirar férias na época do evento.
Que o governante "não sabia".
Que crimes ficam impunes.
Que pai mata filho, filho mata pai, e quem ficar na frente é capaz de morrer sem saber porque.
Que os preços são absurdos e com tendência a piorar; de aluguel à banana.
Que falta luz no aeroporto do Galeão no início do feriado.
Que ainda tem obras inacabadas: estádios, hotéis, estradas, tem de um tudo por fazer...
Que tem pontos de ônibus com pessoas cansadas, sem saber a que horas vão poder esticar as pernas ou beijar um filho ou fazer nada depois de um dia de trabalho.
Não, esse não é o país da Copa. Pode até ser o país do futebol, do rei do futebol, do artilheiro das Copas...Mas daí a ser o país que se transformou para sediar a competição vai uma distância enorme.
O que se vê nas ruas é uma maquiagem muito chinfrim, daquelas de loja de 1,99. As ruas de periferia continuam com buracos, sem calçamento... As estradas continuam com os mesmos problemas de séculos e assim vão permanecer na Copa, Olimpíadas, Campeonatos de Cuspe a Distância... Vai ficar tudinho como está para muitos. Para os poucos de sempre as mudanças serão para melhor.
Estou me lixando para a Copa! Se não fosse a proibição das férias, não mudaria em nada minha vida.
Mas minhas crianças terão 30 dias de recesso em junho e eu ficarei por aqui. As escolas particulares seguirão os estabelecimentos públicos, com um objetivo apenas: esvaziar as capitais. Só isso.
Levei mais de 2 horas para chegar em casa hoje. Choveu e alguma categoria resolveu se manifestar no final do expediente. Ana me esperou tanto tempo que fez o dever de casa lá mesmo e estava com fome... Eu também estava, mas ao subir a avenida e ver os pontos de ônibus tive que admitir que sou sortuda: estava sentada, sozinha, no quentinho ... As filas davam voltas e mais voltas nos quarteirões! Que todos tenham chegado em paz em suas casas.
Bem que poderíamos fazer uma greve na época da Copa: Não ligar a TV, não ir aos jogos, não soltar um foguete... Mas acho que isso não vai acontecer.
O Brasil pode até não ser o país da Copa, mas para muitos ainda é o país do futebol.
Beijocas cansadas,
Lela.
Leia também: Uma sexta feira
Pacientes 1
quinta-feira, 24 de abril de 2014
O país do futebol não é o país da Copa
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terça-feira, 22 de abril de 2014
Bernardo
Querido Bernardo,
Quero crer que nesse exato momento você está num lugar muito melhor do que aquele em que viveu seus últimos anos, já em companhia de sua mãe.
Sofri por você, assim como sofro ao saber de cada um que passa pelo que você passou. Mas por você sofri muito!
Seu pai é meu colega de profissão e muito respeitado na cidade em que vocês viviam. Nunca fui atrás de prestígio. Gosto de deitar minha cabeça no travesseiro todas as noites com a certeza de que fiz o melhor que pude, independente de ter sido na comunidade carente onde presto atendimento ou no consultório do Centro da cidade. Como mãe então! Minha vida é tentar fazer com que meus filhos sejam felizes... Dinheiro, não tenho... Geralmente ele acaba antes do mês, mas quem não vive assim nos dias de hoje, não é meu filho?
Permita que chame você, Bernardo, de filho... As duas crianças que saíram de dentro de mim amo profundamente. Tenho também crianças ao meu redor durante todo o dia, durante toda a semana e eles são um pouco meus filhos, porque me preocupam e tenho por profissão zelar pelo bem estar delas. Então por que não poderia também ter você entre meus amiguinhos queridos?
Tantos em sua cidade agiram como pais com você, que já não tinha sua mãe por perto: acolheram, deram cama, comida e carinho; coisas que deveriam ter sido providenciadas e supridas pelo seu pai e sua madrasta.
Já deixei claro aqui que presencio formações familiares das mais variadas e vejo, sim, muitos pais que ao separarem ficam sem ver os filhos, não pagam pensão alimentícia ou até somem, negligenciam mesmo. A população que assisto é muito carente, até de afeto. A velha de desculpa de que quem não recebeu não sabe dar... Mas daí a ser conivente com um crime!! Confesso que nunca vi...
Não vou me deter na sua abominável madrasta, que segundo consta, não deixava você chegar perto nem da sua irmãzinha... O que me intriga é seu pai. Será que ele nunca viu suas roupas? Não sentia falta de fotos suas junto com a família? Não gostaria de estar com você em festas da escola?
Sinto dizer que seu maior algoz foi seu pai... Porque ele permitiu que tudo isso acontecesse e não mexeu um dedo. Ao ser convocado pela Justiça pediu uma chance e foi atendido, já que ninguém jamais suspeitou que sua vida corresse risco. Lógico! Quem poderia supor que o doutor e sua bela e loura esposa fariam alguma coisa contra você?
Mas agora seu sofrimento, pelo menos para você, é passado.
Resta a quem ficou tentar entender...
Resta a Justiça abrir mais os olhos da próxima vez que for procurada por uma criança...É fato mais do que sabido que criança não mente.
Resta a saudade dos seus colegas...
Resta a dor de sua avó...
Resta a Justiça ser feita.
Descanse em paz, meu querido.
Um beijinho,
Lela.
Leia também: Famílias, filhos, mães
Nó desfeito
Quero crer que nesse exato momento você está num lugar muito melhor do que aquele em que viveu seus últimos anos, já em companhia de sua mãe.
Sofri por você, assim como sofro ao saber de cada um que passa pelo que você passou. Mas por você sofri muito!
Seu pai é meu colega de profissão e muito respeitado na cidade em que vocês viviam. Nunca fui atrás de prestígio. Gosto de deitar minha cabeça no travesseiro todas as noites com a certeza de que fiz o melhor que pude, independente de ter sido na comunidade carente onde presto atendimento ou no consultório do Centro da cidade. Como mãe então! Minha vida é tentar fazer com que meus filhos sejam felizes... Dinheiro, não tenho... Geralmente ele acaba antes do mês, mas quem não vive assim nos dias de hoje, não é meu filho?
Permita que chame você, Bernardo, de filho... As duas crianças que saíram de dentro de mim amo profundamente. Tenho também crianças ao meu redor durante todo o dia, durante toda a semana e eles são um pouco meus filhos, porque me preocupam e tenho por profissão zelar pelo bem estar delas. Então por que não poderia também ter você entre meus amiguinhos queridos?
Tantos em sua cidade agiram como pais com você, que já não tinha sua mãe por perto: acolheram, deram cama, comida e carinho; coisas que deveriam ter sido providenciadas e supridas pelo seu pai e sua madrasta.
Já deixei claro aqui que presencio formações familiares das mais variadas e vejo, sim, muitos pais que ao separarem ficam sem ver os filhos, não pagam pensão alimentícia ou até somem, negligenciam mesmo. A população que assisto é muito carente, até de afeto. A velha de desculpa de que quem não recebeu não sabe dar... Mas daí a ser conivente com um crime!! Confesso que nunca vi...
Não vou me deter na sua abominável madrasta, que segundo consta, não deixava você chegar perto nem da sua irmãzinha... O que me intriga é seu pai. Será que ele nunca viu suas roupas? Não sentia falta de fotos suas junto com a família? Não gostaria de estar com você em festas da escola?
Sinto dizer que seu maior algoz foi seu pai... Porque ele permitiu que tudo isso acontecesse e não mexeu um dedo. Ao ser convocado pela Justiça pediu uma chance e foi atendido, já que ninguém jamais suspeitou que sua vida corresse risco. Lógico! Quem poderia supor que o doutor e sua bela e loura esposa fariam alguma coisa contra você?
Mas agora seu sofrimento, pelo menos para você, é passado.
Resta a quem ficou tentar entender...
Resta a Justiça abrir mais os olhos da próxima vez que for procurada por uma criança...É fato mais do que sabido que criança não mente.
Resta a saudade dos seus colegas...
Resta a dor de sua avó...
Resta a Justiça ser feita.
Descanse em paz, meu querido.
Um beijinho,
Lela.
Leia também: Famílias, filhos, mães
Nó desfeito
sábado, 19 de abril de 2014
Frozen
Simplesmente maravilhoso.
Fui assistir com os meninos na volta das férias, então já tem 2 meses e até hoje estou passada. Como sempre, avisei aos dois que se eu dormisse no cinema que me deixassem dormir, salvo se eu roncasse, o que jamais aconteceria. Mas logo de cara descobri que era um musical. Resultado: Não desgrudei os olhos da telona nem um segundo.
Lindo! Lindo! Lindo!
A história das princesinhas Elsa e Anna é tão fofa. A diferença entre as duas, de personalidade, de vida. Os ressentimentos, a saudade que uma tinha da outra, porque viveram no mesmo palácio, separadas fisicamente por uma simples porta. O medo que Elsa tinha de ferir novamente Anna e causar o mínino de dor à desmiolada irmãzinha são o início de tudo. Por causa disso viveram juntas e separadas até que um dia a princesa Elsa vira rainha e precisa abrir as portas do palácio real de Arendelle.
O medo de Elsa, os sonhos de Anna...
E o bonequinho de neve Olaf sonhando com abraços quentinhos?? Quem nunca??
E a rena simpática Sven com seu arredio amigo Kristoff, que realmente precisava de alguns reparos?
Tudo nessa animação da Disney, baseado no conto A Rainha da Neve de Andersen é cativante.
E as músicas?? O CD não para por aqui e o DVD idem, mas quem se importa??
Claro que apareceram os chatos de plantão dizendo que é cantoria demais, meloso demais, gritado demais...Povo chato!!
As músicas todas grudam na cabeça e não é novidade que meus filhos saibam e cantem todas. A novidade é que eu saiba; e eu sei!!!
Torci freneticamente por Frozen no Oscar desse ano e a música "Let it Go" era barbada. Na versão em português, espanhol, nas versões em inglês tanto da Demi Lovato quanto da Elsa oficial, a ótima Idina Menzel (aprendeu, Travolta?).
Diversão pura.
Encantamento.
Fantasia.
Beijos,
Lela.
Leia também: Mônica Parade
Desenhos animados
Fui assistir com os meninos na volta das férias, então já tem 2 meses e até hoje estou passada. Como sempre, avisei aos dois que se eu dormisse no cinema que me deixassem dormir, salvo se eu roncasse, o que jamais aconteceria. Mas logo de cara descobri que era um musical. Resultado: Não desgrudei os olhos da telona nem um segundo.
Lindo! Lindo! Lindo!
A história das princesinhas Elsa e Anna é tão fofa. A diferença entre as duas, de personalidade, de vida. Os ressentimentos, a saudade que uma tinha da outra, porque viveram no mesmo palácio, separadas fisicamente por uma simples porta. O medo que Elsa tinha de ferir novamente Anna e causar o mínino de dor à desmiolada irmãzinha são o início de tudo. Por causa disso viveram juntas e separadas até que um dia a princesa Elsa vira rainha e precisa abrir as portas do palácio real de Arendelle.
O medo de Elsa, os sonhos de Anna...
E o bonequinho de neve Olaf sonhando com abraços quentinhos?? Quem nunca??
E a rena simpática Sven com seu arredio amigo Kristoff, que realmente precisava de alguns reparos?
Tudo nessa animação da Disney, baseado no conto A Rainha da Neve de Andersen é cativante.
E as músicas?? O CD não para por aqui e o DVD idem, mas quem se importa??
Claro que apareceram os chatos de plantão dizendo que é cantoria demais, meloso demais, gritado demais...Povo chato!!
As músicas todas grudam na cabeça e não é novidade que meus filhos saibam e cantem todas. A novidade é que eu saiba; e eu sei!!!
Torci freneticamente por Frozen no Oscar desse ano e a música "Let it Go" era barbada. Na versão em português, espanhol, nas versões em inglês tanto da Demi Lovato quanto da Elsa oficial, a ótima Idina Menzel (aprendeu, Travolta?).
Diversão pura.
Encantamento.
Fantasia.
Beijos,
Lela.
Leia também: Mônica Parade
Desenhos animados
Perdendo coisas...
Nesse dias corridos de hoje, quem não??
Perco chave, celular, caneta...Perco cartão do banco.
Perco pente e escova.
Perco dentro da minha bolsa mesmo; ou então dentro de armário.
Costumo achar tudo depois, mas passo muito sufoco procurando e até encontrar enlouqueço todos a minha volta.
Tá certo que a minha bolsa é um mafuá, mas dentro dela tem tudo de que preciso, o problema é achar.
Posso estar em Estrela Dalva, mas meu carimbo, esteto e as coisas de trabalho me acompanham; não saem da bolsa, me dão uma sensação de segurança incrível, sabe?? Atire a primeira pedra quem nunca.
E trocar de bolsa?! Que tormento!! Sempre fica alguma coisa prá trás, nem que seja um batom e é justamente o que vou querer usar.
Uma vez comecei a tirar coisas de dentro da bolsa querendo achar alguma coisa e um homem que nunca tinha me visto na vida simplesmente virou para mim e disse muito debochado: "Credo moça!! O que é que falta sair dessa bolsa???". Virei para ele e respondi : "- Um tatu!!", mas a minha vontade era responder calmamente: "A sua mãe...Picada!!!" Mas não ia pegar bem prá mim... Cara folgado!!
Sempre fui de perder coisas. Na escola perdia merendeira, boneca, agasalho e depois era aquela choradeira... Maiorzinha, perdia as tarrachas dos brincos e muitas vezes os próprios.
Até hoje simplesmente odeio perder tampa de caneta esferográfica e quando isso acontece dou um jeito de perder a caneta também; porque ela simplesmente deixa de servir; pelo menos prá mim...
A Ana é quem mais perde e esquece as coisas na escola: garrafinha de água, lápis, borracha, casacos... No início do ano um biquíni ficou desaparecido por 10 dias. Na escola... Precisei ir até lá fora do horário porque ela dizia que não achava... Achei em 30 segundos...Know how...
Aqui em casa quando perdem as coisas, boto todo mundo prá procurar e quando as crianças chegam dizendo que não acharam as perguntas são: "Procuraram bem??" e "Até nos lugares improváveis??" As respostas são sim para a primeira pergunta e um silêncio com olhos revirando para a segunda. Aí voltamos todos juntos e geralmente a coisa é encontrada...
E as simpatias do tempo da vovó para encontrar o que foi perdido? Um capítulo especial. Eu rezo a Salve Rainha até o "nos mostrai" e é tiro e queda!! Até porque Nossa Senhora não falha...
Claro que outra coisa que perco muito é a paciencia...Mas isso é outra história...
Beijos,
Lela.
Leia também: Tumitinha, Palestina e outras confusões...
Ironias Urbanas
Oi!! Há quanto tempo!! Lembra de mim??
Perco chave, celular, caneta...Perco cartão do banco.
Perco pente e escova.
Perco dentro da minha bolsa mesmo; ou então dentro de armário.
Costumo achar tudo depois, mas passo muito sufoco procurando e até encontrar enlouqueço todos a minha volta.
Tá certo que a minha bolsa é um mafuá, mas dentro dela tem tudo de que preciso, o problema é achar.
Posso estar em Estrela Dalva, mas meu carimbo, esteto e as coisas de trabalho me acompanham; não saem da bolsa, me dão uma sensação de segurança incrível, sabe?? Atire a primeira pedra quem nunca.
E trocar de bolsa?! Que tormento!! Sempre fica alguma coisa prá trás, nem que seja um batom e é justamente o que vou querer usar.
Uma vez comecei a tirar coisas de dentro da bolsa querendo achar alguma coisa e um homem que nunca tinha me visto na vida simplesmente virou para mim e disse muito debochado: "Credo moça!! O que é que falta sair dessa bolsa???". Virei para ele e respondi : "- Um tatu!!", mas a minha vontade era responder calmamente: "A sua mãe...Picada!!!" Mas não ia pegar bem prá mim... Cara folgado!!
Sempre fui de perder coisas. Na escola perdia merendeira, boneca, agasalho e depois era aquela choradeira... Maiorzinha, perdia as tarrachas dos brincos e muitas vezes os próprios.
Até hoje simplesmente odeio perder tampa de caneta esferográfica e quando isso acontece dou um jeito de perder a caneta também; porque ela simplesmente deixa de servir; pelo menos prá mim...
A Ana é quem mais perde e esquece as coisas na escola: garrafinha de água, lápis, borracha, casacos... No início do ano um biquíni ficou desaparecido por 10 dias. Na escola... Precisei ir até lá fora do horário porque ela dizia que não achava... Achei em 30 segundos...Know how...
Aqui em casa quando perdem as coisas, boto todo mundo prá procurar e quando as crianças chegam dizendo que não acharam as perguntas são: "Procuraram bem??" e "Até nos lugares improváveis??" As respostas são sim para a primeira pergunta e um silêncio com olhos revirando para a segunda. Aí voltamos todos juntos e geralmente a coisa é encontrada...
E as simpatias do tempo da vovó para encontrar o que foi perdido? Um capítulo especial. Eu rezo a Salve Rainha até o "nos mostrai" e é tiro e queda!! Até porque Nossa Senhora não falha...
Claro que outra coisa que perco muito é a paciencia...Mas isso é outra história...
Beijos,
Lela.
Leia também: Tumitinha, Palestina e outras confusões...
Ironias Urbanas
Oi!! Há quanto tempo!! Lembra de mim??
segunda-feira, 14 de abril de 2014
ELO
Vi circular o vídeo das crianças internadas com câncer no Hospital Amaral Carvalho de Jaú.,que receberam o ursinho ELO de presente.
Não é um ursinho qualquer.O Elo foi feito especialmente para cada uma delas receberem carinho de pessoas que por várias razões não podem estar presentes diariamente durante o tratamento: pais, irmãos, tios, coleguinhas, professores... Enfim, gente que está apartada da vida desses anjinhos guerreiros e corajosos. A tecnologia tipo whatsapp sendo usada para fazer o bem dá um alento no coração da gente; pelo menos no meu.
Câncer ainda é uma coisa que dá medo, que desestrutura muitas pessoas só de ouvir falar, tanto que até hoje tem quem se refira e ele como "aquela doença". Dependendo do tipo é um tratamento longo: internações, medicações, isolamentos e dúvidas. Agora imaginem em crianças... O sofrimento é multiplicado muitas vezes. Será que a quimio deu certo? Será que vai para casa no Natal? Será que voltará para a escola? Quando estaremos todos juntos?
Vivi essas dúvidas na residência de Pediatria, junto com meus colegas. Acompanhávamos o dia a dia da enfermaria do HSE, onde crianças portadoras das mais diversas patologias passavam semanas... As com quadros oncológicos iam e voltavam; as HIV positivas; as com doenças cardíacas também...
Fizeram parte da minha vida por 3 anos e fazem parte das minhas lembranças para sempre. Aquele que dava o bracinho para colher sangue e perguntava porque Deus queria que ele sofresse; a menininha que não tinha ninguém, mas tinha todos os residentes; aquela que sabia a nossa escala de plantão melhor do que todos...
Pois é, essas crianças estiveram sozinhas em algum momento de suas vidas e um amiguinho feito o Elo teria feito um bem enorme a elas. Ouvir dos amiguinhos que estão com saudades, do tio legalzão que está esperando para aquela pelada, dos pais e dos irmãos que estão fazendo falta em casa... Mesmo sem estar doente, carinho é bom, imagine quando a doença e a dúvida no coração são as companhias mais constantes?
Quem dera que cada anjinho doente, independente de ser câncer, cardiopatia congênita, pneumonia com derrame pleural...Qualquer uma dessas coisas! Quem dera eles pudessem ter um Elo e ouvir uma palavra de carinho...
Quem dera...
Boa semana!
Lela.
Leia também: Amizades e Tecnologia
Famílias, Filhos, Mães
Doando cabelos
Não é um ursinho qualquer.O Elo foi feito especialmente para cada uma delas receberem carinho de pessoas que por várias razões não podem estar presentes diariamente durante o tratamento: pais, irmãos, tios, coleguinhas, professores... Enfim, gente que está apartada da vida desses anjinhos guerreiros e corajosos. A tecnologia tipo whatsapp sendo usada para fazer o bem dá um alento no coração da gente; pelo menos no meu.
Câncer ainda é uma coisa que dá medo, que desestrutura muitas pessoas só de ouvir falar, tanto que até hoje tem quem se refira e ele como "aquela doença". Dependendo do tipo é um tratamento longo: internações, medicações, isolamentos e dúvidas. Agora imaginem em crianças... O sofrimento é multiplicado muitas vezes. Será que a quimio deu certo? Será que vai para casa no Natal? Será que voltará para a escola? Quando estaremos todos juntos?
Vivi essas dúvidas na residência de Pediatria, junto com meus colegas. Acompanhávamos o dia a dia da enfermaria do HSE, onde crianças portadoras das mais diversas patologias passavam semanas... As com quadros oncológicos iam e voltavam; as HIV positivas; as com doenças cardíacas também...
Fizeram parte da minha vida por 3 anos e fazem parte das minhas lembranças para sempre. Aquele que dava o bracinho para colher sangue e perguntava porque Deus queria que ele sofresse; a menininha que não tinha ninguém, mas tinha todos os residentes; aquela que sabia a nossa escala de plantão melhor do que todos...
Pois é, essas crianças estiveram sozinhas em algum momento de suas vidas e um amiguinho feito o Elo teria feito um bem enorme a elas. Ouvir dos amiguinhos que estão com saudades, do tio legalzão que está esperando para aquela pelada, dos pais e dos irmãos que estão fazendo falta em casa... Mesmo sem estar doente, carinho é bom, imagine quando a doença e a dúvida no coração são as companhias mais constantes?
Quem dera...
Boa semana!
Lela.
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Famílias, Filhos, Mães
Doando cabelos
sexta-feira, 4 de abril de 2014
Esquerda ou Direita??
Não, de forma alguma falarei sobre política. Isso não é para mim...
Minha opinião não interessa a ninguém, embora 90% das pessoas com as quais converso pensem parecido comigo. Mas esse não é o assunto de hoje.
Falarei de caminhos, de sentidos.
Sempre tive dificuldade com os lados direito e esquerdo. Sou destra, escrevo com a mão direita e nunca fui forçada a trocar. Então não, ninguém causou o problema; a confusão é minha mesmo.
Essa confusão melhora um pouco porque uso relógio no pulsodireito (esquerdo) e, antes que ela encolhesse, usava aliança. Pois é, minha aliança encolheu...
Então não tem como errar, certo?
Errado.
Sigo trocando,principalmente o lado dos outros... Se a pessoa está de frente prá mim então... Eu troco!! Direita de quem?? Esquerda de quem?? Ai,que confusão!
Lógico que isso fez com que eu virasse alvo de brincadeiras de toda a família. Papai sempre perguntava se eu tinha certeza; mamãe ainda ri, solidária... O Jayminho, quando ia comigo a algum lugar, perguntava "Prá onde?", eu dizia "Direita" sinalizando para esquerda, depois de muito gritar comigo passou a perguntar se era prá seguir a mão ou a boca.
Nunca me confundi no ballet.
Engraçado que também não me confundo dirigindo. Vou direitinho aos lugares, ainda bem. Na viagem do Carnaval não arrisquei e fui direto pela 040. Sempre que vamos por dentro, penso que aprendi o caminho e quando acho que o Mário vai virar para um lado, ele vira para outro... Se tivesse ido por esse caminho, chegava em Miami e não chegava em Estrela Dalva. Definitivamente, meu GPS veio com defeito
Hoje uma moça me pediu uma informação na rua. Expliquei certo onde era a rua que ela estava procurando, mas ela teve que perguntar para qual lado ela tinha que virar. Falei e meu braço acompanhou: Direita! Assim que foi embora descobri que tinha dado meia informação correta. Errei o lado... Não era direita; era Esquerda. Procurei e ela já tinha ido.
Ai, Jesus, errei de novo...
Tomara que a moça tenha achado, apesar do meu erro, confusão...
Beijos,
Lela.
Leia também: Tumitinha, Palestina e outras confusões...
Oi!! Há quanto tempo!! Lembra de mim??
Minha opinião não interessa a ninguém, embora 90% das pessoas com as quais converso pensem parecido comigo. Mas esse não é o assunto de hoje.
Falarei de caminhos, de sentidos.
Sempre tive dificuldade com os lados direito e esquerdo. Sou destra, escrevo com a mão direita e nunca fui forçada a trocar. Então não, ninguém causou o problema; a confusão é minha mesmo.
Essa confusão melhora um pouco porque uso relógio no pulso
Então não tem como errar, certo?
Errado.
Sigo trocando,principalmente o lado dos outros... Se a pessoa está de frente prá mim então... Eu troco!! Direita de quem?? Esquerda de quem?? Ai,que confusão!
Lógico que isso fez com que eu virasse alvo de brincadeiras de toda a família. Papai sempre perguntava se eu tinha certeza; mamãe ainda ri, solidária... O Jayminho, quando ia comigo a algum lugar, perguntava "Prá onde?", eu dizia "Direita" sinalizando para esquerda, depois de muito gritar comigo passou a perguntar se era prá seguir a mão ou a boca.
Nunca me confundi no ballet.
Engraçado que também não me confundo dirigindo. Vou direitinho aos lugares, ainda bem. Na viagem do Carnaval não arrisquei e fui direto pela 040. Sempre que vamos por dentro, penso que aprendi o caminho e quando acho que o Mário vai virar para um lado, ele vira para outro... Se tivesse ido por esse caminho, chegava em Miami e não chegava em Estrela Dalva. Definitivamente, meu GPS veio com defeito
Hoje uma moça me pediu uma informação na rua. Expliquei certo onde era a rua que ela estava procurando, mas ela teve que perguntar para qual lado ela tinha que virar. Falei e meu braço acompanhou: Direita! Assim que foi embora descobri que tinha dado meia informação correta. Errei o lado... Não era direita; era Esquerda. Procurei e ela já tinha ido.
Ai, Jesus, errei de novo...
Tomara que a moça tenha achado, apesar do meu erro, confusão...
Beijos,
Lela.
Leia também: Tumitinha, Palestina e outras confusões...
Oi!! Há quanto tempo!! Lembra de mim??
terça-feira, 1 de abril de 2014
Falando da chuva...
Estava precisando, vamos combinar...
Há tempos não chovia em quantidade de molhar.
Esse ano fez um calor senegalês, beirando o insuportável... E seco. Foram meses de sede, pele seca ,cabelo uma palha. Haja água, hidratante, máscara pro cabelo; tudo em dose tripla!
Aí hoje a chuva caiu. Caiu, nada... Despencou tudo e mais um pouco que tinha no céu. Foi uma cena ensaiada. A chuva vinha bancando a difícil há mais de uma semana, mas hoje não resistiu aos apelos, novenas, danças da chuva e tudo mais que o pessoal vinha fazendo. Só faltou aparecer a Arca de Noé (calma gente é essa semana)...
Saí do trabalho debaixo de um chuvão que me fez mudar de caminho.
Gato escaldado, já que numa outra garoinha dessas há mais de 1 ano atrás, quase fiquei sem meu pretinho básico. Juro, em menos de cinco minutos fiquei parada dentro de um rio...Era aniversário da Ana, eu berrava no telefone para o Mário que a chuva ia levar o meu carro. Lembrei do papai dizendo para, em hipótese nenhuma, deixar o carro morrer dentro da água e nem sei como saí... Poucas vezes tremi tanto na vida e depois dessa quando chove, mudo de caminho.
Pois bem, caminho mudado, limpador de para brisa no máximo, e todos os apetrechos prá enfrentar a chuva ativados, comecei a volta. No caminho quase todo, foi chuva pesada; que foi parando e fui me acalmando. Quase estava quase na escola da Ana, a bendita recomeça, intensa, terrível. Não tinha como mudar mais o caminho, então fui... Literalmente dentro d'água. Passei pela enxurrada e quando cheguei ao final da ladeira, mudei de faixa e parei no sinal, crente que estava livre do problema da chuva. Aí escuto um barulhão, ou como diria um menino lindo que conheço "um gande baludão"... Uma árvore caiu, bem onde eu estava antes de mudar de faixa... Acreditam?? Pois é, foi. Quase morri de susto!! Consegui chegar na escola e fui obrigada a esperar lá até que pudesse pegar minha filhotinha e voltar...
Ufa!!
Demorou prá atender, né São Pedro...Mas pôxa!!
Até amanhã.
Beijos,
Lela.
Leia também: Uma sexta feira
Ironias urbanas
Há tempos não chovia em quantidade de molhar.
Esse ano fez um calor senegalês, beirando o insuportável... E seco. Foram meses de sede, pele seca ,cabelo uma palha. Haja água, hidratante, máscara pro cabelo; tudo em dose tripla!
Aí hoje a chuva caiu. Caiu, nada... Despencou tudo e mais um pouco que tinha no céu. Foi uma cena ensaiada. A chuva vinha bancando a difícil há mais de uma semana, mas hoje não resistiu aos apelos, novenas, danças da chuva e tudo mais que o pessoal vinha fazendo. Só faltou aparecer a Arca de Noé (calma gente é essa semana)...
Saí do trabalho debaixo de um chuvão que me fez mudar de caminho.
Gato escaldado, já que numa outra garoinha dessas há mais de 1 ano atrás, quase fiquei sem meu pretinho básico. Juro, em menos de cinco minutos fiquei parada dentro de um rio...Era aniversário da Ana, eu berrava no telefone para o Mário que a chuva ia levar o meu carro. Lembrei do papai dizendo para, em hipótese nenhuma, deixar o carro morrer dentro da água e nem sei como saí... Poucas vezes tremi tanto na vida e depois dessa quando chove, mudo de caminho.
Pois bem, caminho mudado, limpador de para brisa no máximo, e todos os apetrechos prá enfrentar a chuva ativados, comecei a volta. No caminho quase todo, foi chuva pesada; que foi parando e fui me acalmando. Quase estava quase na escola da Ana, a bendita recomeça, intensa, terrível. Não tinha como mudar mais o caminho, então fui... Literalmente dentro d'água. Passei pela enxurrada e quando cheguei ao final da ladeira, mudei de faixa e parei no sinal, crente que estava livre do problema da chuva. Aí escuto um barulhão, ou como diria um menino lindo que conheço "um gande baludão"... Uma árvore caiu, bem onde eu estava antes de mudar de faixa... Acreditam?? Pois é, foi. Quase morri de susto!! Consegui chegar na escola e fui obrigada a esperar lá até que pudesse pegar minha filhotinha e voltar...
Ufa!!
Demorou prá atender, né São Pedro...Mas pôxa!!
Até amanhã.
Beijos,
Lela.
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