quinta-feira, 19 de junho de 2014

Exposição Genesis

A exposição "Genesis"com a obra de Sebastião Salgado está no Palácio das Artes em Belo Horizonte até o dia 24 de agosto. Fui conferir hoje com o Miguel e a mamãe e saí encantada.


Já conhecia a delicadeza das imagens desse homem, extraídas da rudeza, do infortúnio, da miséria e da desgraça humanas. Sempre sem cor, mas com tantas coisas a serem mostradas que a cor se faz desnecessária nas imagens.
Sebastião Salgado é um fotógrafo extraordinário que já ganhou praticamente todos os principais prêmios da fotografia mundial como reconhecimento ao seu trabalho.


Em Genesis ele sai novamente pelo mundo em busca do intocado no planeta Terra. São mais de 240 fotografias tiradas entre 2004 e 2012, em mais de 30 países da África, Ásia, Américas, Antártica e Oceania. São povos isolados, matas intocadas, icebergs, canyons, vulcões, rios registrados em viagens de balão e canoas, e até mesmo a pé. Vai de Sumatra ao Pantanal, prá falar pouco.Dos índios se preparando para o Quarup até o delta do Cubango e por aí vai. A diversidade e a riqueza de detalhes são impressionantes e é difícil dizer qual imagem é mais fascinante, porque todas são. Em preto e branco, como de hábito, mas a cor não faz falta.
Até a onça pintada parece posar para a câmera dele. As paisagens das mais remotas regiões da Terra, de Papua Nova Guiné, passando pela Etiópia, Alasca e tantos outros.
O projeto Genesis é patrocinado pela Vale e é uma homenagem desse homem excepcional à natureza.
Há uma sala separada sobre o trabalho do Instituto Terra em Aimorés , sua terra natal. Criado por ele e sua esposa, visa a recuperação e conservação da Mata Atlântica no vale do Rio Doce e  também o desenvolvimento sustentável das comunidades envolvidas através de ações de educação ambiental. A sede do instituto está localizado na Fazenda Bulcão, que foi para as mãos do casal há mais ou menos 10 anos, quando a mudança, o milagre, a inteligencia, o louvor à natureza e à sustentabilidade ou, sei lá que nome isso tenha, começou a ocorrer.Hoje é um oásis no meio da destruição ocasionada pela pecuária desenfreada, que desmatou loucamente para fazer pastos.
Amei a exposição. Fiquei ainda mais fã, por tudo. Pelas imagens. Por fazer os olhos do meu menino brilharem. Por fazer com que minha mãe cansadinha, lesse tin tin por tin tin as legendas de todas as imagens, que se afastasse e se aproximasse para tentar entender não só com os olhos tudo que via.
Foi pura emoção.
Amei.
Abaixo algumas amostras das belíssimas imagens que fazem parte da exposição.

Vale a pena!
Beijos,
Lela.

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Vale

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