sexta-feira, 21 de março de 2014

Passa Tempo.

Quando descobrimos que estamos envelhecendo? Ou amadurecendo, ou ficando como vinho?? Ou qualquer um desses pleonasmos que só querem dizer mesmo que o tempo está passando...
Será que é quando gostamos mais de conversar sobre o que foi ao invés de conversar sobre como será?
Será que é quando lembramos das balas, das roupas, dos desenhos?
Ou dos cinemas na Praça Saes Peña? Ou dos lanches em pé no Bob's?
Independente do que faz com que lembremos que nada do que foi será; o tempo passa. Correndo. Voando!
De repente estamos com quinze anos, depois vinte, depois trinta, depois quarenta. e por aí vai...
Uma hora temos dever de casa para fazer e num piscar de olhos passamos a ter que ajudar no dever de casa de alguém.
De uma hora para outra passamos de alunos a professores.
De pacientes a médicos.
De dependentes para pessoa física, com CPF.
De filhos a pais.
De brincalhões a responsáveis.
De impulsivos a pensadores.
Só que a mudança ocorre tão aos poucos que não percebemos e aí um dia... BUM!!! Estamos grandes, formados, casados, com filhos, muito mais cansados que antes e com cabelos brancos.
Cabelos brancos são um problema grave. Começam com fio aqui, outro ali, perdidos no meio da cabeleira castanha e se não fizermos nada contra eles, vão tomando cada vez mais espaço no couro cabeludo até que... Por isso eu pinto e sigo pintando.
E o cansaço, o que dizer dele? Quando sofremos de uma mal chamado "falta de coragem aguda", ou preguiça até de mexer o dedo para mudar a TV de canal, o nosso sonho de consumo é o final do expediente da sexta feira. Para sair?? NÃO!! Para dormir mesmo ou fazer nada também serve... Nada de festas, saídas, horas se arrumando. Um banho quentinho, pãozinho de queijo ou cachorro quente para o lanche e fim.
E os filhos que crescem a velocidade da luz?
E o Imposto de Renda?? Nem é bom pensar.
E quando o tempo resolve dar um tapão, para ficarmos espertos? Sim, porque apesar de tudo isso: do cansaço, da preguiça, digo, da falta de coragem e todo o resto, ainda temos pressa.
Ainda temos muito que trabalhar, estudar, produzir.
Os filhos ainda necessitam de ajuda nos mais diferentes níveis e cobram respostas, passeios, atitudes e as respostas não podem vacilar. O trabalho não vai esperar que façamos uma análise profunda de "como vim parar aqui se outro nem sabia se era Medicina mesmo" . Os pais vão adoecer. Os amigos vão se afastar. As prioridades vão mudar. E vamos ter que estar preparados.
E o que prepara? Ele, o tempo. Esse mesmo, que não vemos passar vai fazendo com que aprendamos, a cada novo dia, a cada nova alegria ou decepção que a vida é única, valiosa e única.
E boa. E maravilhosa.
 Bom final de semana!

Lela.


Leia também: Preguiça, não...
                     Mirabel



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