Com os meninos a bordo do meu carango custei mas cheguei... E custei por problemas da estrada, não por um probleminha técnico situado entre o volante e o banco do motorista.
Mais um risco no meu caderninho de coisas nunca feitas; menos uma!!
Claro que fiquei com medo.
Claro que levei uns sustinhos.
Claro que não tenho a menor ideia de quantos litros de gasolina cabem no tanque do "Chico" ou quantos quilometros ele faz com um litro de gasolina, seja ela normal ou aditivada. Detalhes, meros detalhes...
Engarrafou, fez calor, os meninos dormiram, acordaram...
Paramos para lanchar. Fuçamos lojinhas. Compramos imãs de geladeira como lembrancinhas; e queijo, lógico!
Cantamos todas as músicas do Frozen... Muita ironia naquele Solzão e nós cantando: "Você quer brincar na neve?..."
Paramos de novo. Esticamos as pernas. Miguel comprou água e "desalongou"... Ana desenquadradou a bundinha... E seguimos.
Parece que foi um dia inteiro de viagem, mas não... Foram algumas (muitas) horas somente.
Cheguei cansada, mas fiquei tão feliz por ter conseguido!
Em todos os meus anos de vida nunca tinha me levado para Estrela Dalva. Ia com meu pai, com meu irmão, com meu marido, ou de ônibus.
Nunca tinha ido guiando, fazendo o caminho, curvas, retas, depressa, devagar, subindo e descendo serras...
E assim é a vida, né? Um caminho que quando pensamos que vai levar um determinado número de horas, nos surpreende e leva mais tempo que o esperado. Cheio de curvas, retas, subidas e descidas. De paisagens que sempre estiveram por ali, mas que mudam de acordo com a luz. Um caminho que faz com que precisemos parar para descansar, refazer os planos, esticar as pernas, tomar fôlego, tomar coragem.
Que coisa! Olha o que uma simples viagem comigo ao volante fez...
Pensei na vida.
Notícias do Carnaval?? Depois...
Beijos,
Lela.
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