domingo, 23 de novembro de 2014

Som do Meio Dia

Acordei hoje com uma mensagem no Facebook de uma amiga dizendo ter lembrado de mim ao ver a Sandra de Sá no Altas Horas essa madrugada. Apesar de ser uma  amiga sumida, furona, tratante, não deixo de pensar também nessa época com carinho
1993/94. Internato no Hospital Jesus, Vila Isabel. Muito trabalho, muita luta e muito aprendizado, todos os dias o dia inteiro. Iríamos nos formar no final do ano.
Mas, graças a Deus tem sempre um mas...Uma vez por mês ou a cada 2 meses, havia o Projeto "Brahma o Som do Meio Dia", que levava para o teatrão da UERJ nomes da MPB justamente ao meio dia. "Fugi" para assistir Flávio Venturini, desencontrei das amigas e assisti sozinha o show de 2 horas, em que ele cantava tudo. Ninguém me olhou estranho quando meus olhos encheram d'água com Todo Azul de Mar, porque afinal de contas, estavam todos muito mais ocupados com as suas próprias lágrimas e não iam perder tempo com aquele pontinho branco sozinho.
Era muito bom! O teatro enorme, nem sei a capacidade, o som bacana e dava prá ver tudo de onde quer que você ficasse, porque, creia, fiquei em tudo quanto era canto daquele teatro.
Acho que a primeira vez foi Ivan Lins e Selma Reis que arrasaram!!
Mas teve um dia que descemos a ladeira para ver/ ouvir/ dançar/ pular com Sandra de Sá,que na época ainda era apenas Sandra Sá. E vimos, ouvimos, dançamos e pulamos, viu?? Todas as músicas, daquela que era considerada "brega". E adoramos! Se não estou enganada fomos sem lenço e nem documento, coisas da juventude...



Obrigada por lembrar, querida Ana Paola
Lela.

Leia também: Ecletismo na música
                     

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Carta para Ana Teresa

Bom dia, meu amor!
Enfim seu dia chegou; e como demorou!! Longos 365 dias que a senhorita tratou de aproveitar muito bem com risos, conversas, brincadeiras, maquiagens, amizade, correrias.
Como venho dizendo a você nos últimos dias, o tempo está passando muito rápido. Outro dia mesmo você nasceu e tinha cólicas, chorava, golfava, embranquecia meus cabelos... Logo ali na esquina do tempo, escutava seus pés batendo no chão quando tocava a campainha de casa e seus gritinhos de "Mamãe chegou!!" ... Nossa filha, isso foi quase ontem! Mais adiante foi seu primeiro dia no jardim de infância, dia esse que estava tão quente que a professora tirou sua blusa e seu tênis; quando fui dar uma espiadinha de mãe, descobri que a "novata" tinha ares de veterana e estava correndo pelo pátio, brincando com água e feliz da vida, como se sempre estivesse estado ali.
O tempo voou e deixou minha bebê para trás. O que vejo hoje é uma menina cheia de riso, estilo, opiniões, dúvidas, mentirinhas, brincadeiras, que reproduz com as amigas as grandes questões da vida e quase sempre se sai muito bem. Chego a ter que me esforçar para lembrar de você pequena, filha... Você nasceu grande, adulta, sábia...
E apesar de tudo isso, Ana Teresa, você é uma molequinha. Corre sem parar, tem terra no cabelo, esmalte descascado, quarto desarrumado, medo de escuro. E são essas coisas que fazem você ser especial ,única, diferente.
Você REALMENTE é um presente para todos nós e ao longo desses 8 anos tem ensinado muitas coisas a todos aqueles que podem  e têm o prazer de conviver com você.                                
Prá mim, então! Descobri coisas muito interessantes de mim ao olhar para você: que eu posso ser fofinha, que não é pecado gostar de vestido e querer ser mulherzinha, que gênio ruim é difícil de lidar. Que eu posso, sim ser mãe de menina sem ser fresca; que negociar é com certeza uma arte que requer muita imaginação e energia.
Dizer que você é parecida comigo é tão bom de ouvir, filha!! Fisicamente eu sei que é. Mas o engraçado é o quanto que você se parece comigo nas outras coisas e sobre isso, sempre que posso eu alerto: vai com calma, baixa as armas, não revira os olhos...
Sabe o que descobri? Que você nasceu no mesmo dia da poetisa Cecília Meirelles, mulher maravilhosa, sensível, profunda. Está muito bem acompanhada e um poema como "Ou isto ou Aquilo" define você muito bem e, a medida que você for crescendo, acho que vai poder se encaixar em tantos outros. Mas por hora, minha homenagem a você vai com os versos do Poetinha Vinícius de Moraes que o vovô cantava prá mim e hoje estou sendo praticamente obrigada a repetir prá você : "Menininha do meu coração eu só quero você a três palmos do chão..."



Um beijo, Linda.
A mamãe ama muito você.


Leia também: Ana Teresa, meu amor
                      Dia de Beleza (Mirim)
                      Coisas de Mocinha




segunda-feira, 27 de outubro de 2014

1 ano !!

É, tem 1 no que tomei coragem de me expor e escrever sobre as minhas coisas. Que quisesse ler, bem; que não quisesse, amém!
Coincidencia ou não, esta será a centésima postagem publicada. Escrevi muitas, deletei outras tantas e aqui estou depois de um ano.
A quem lê com frequencia o meu humilde blog, só tenho a agradecer pelo carinho, incentivo, críticas (né, Amorzinho??...).
Agradeço de todo coração por terem parado em algum momento do dia para ver que sou tosca, apaixonada pelos meus; que tenho preguiça, ódio de engarrafamento e de gente folgada onde quer que elas estejam. Que não posso com uma quadro torto, botão desabotoado e sapatos virados; que tenho preconceito ortográfico...
Que o Metropolitano está no arquivo das melhores coisas que me aconteceram na vida.
Que adoro Inglês, apesar dos pesares e do "teacher"...
Que tenho muita, muita, muita, muita, muita saudade do meu pai e da Patrícia.
Que o Ronald teve a indelicadeza de ir embora dessa vida sem avisar.
Que gosto de música, de livros, de bolsas e sapatos.
Que Palestina era minha amiga imaginária e tinha sido sequestrada, tadinha!
Que sou Flamengo e tenho uma nega (neguinha, tá certo...) chamada Teresa, com S e não com Z, que é Ana e não Maria; que ela tem quase 8, mas é uma alminha tão velha que desconcerta, pois parece ter 28.
Que tenho o Miguel que me desconcerta também; com uma ingenuidade dentro de 1,65m; que é doce,doce, doce... São água e vinho; sal e pimenta. E por isso tenho que ser duas mães dentro de uma só.


Que perco o sono em véspera de pagamento.
Que choro, se bem que tem sido mais "por dentro" que "por fora".
Que converso com Deus como se Ele estivesse no meu banco do carona e quando Ele responde, às vezes viro de lado e pergunto: "Tem certeza, Senhor??"
Que agora uso óculos para perto.
Que depois que a Ana cresceu um tiquinho e apareceu um tantão, passei a adorar uma frescurinha!
Que não sei cozinhar, que queria ser magra, mas que comer é irresistivelmente bom!!
Que embora não pareça, admito, eu tenho coração.
Tudo isso, quem me acompanha descobriu.
Revisei muitas coisas de mim mesma com esse blog e isso está sendo o mais bacana de tudo.
Espero ter assunto prá mais um(ns) ano(s).

Beijinhhos, beijocas e beijões,
Lela.

Leia também: Tumitinha, Palestina e outras confusões...
                        Coisas de Mocinha
                        A "Saga" do Curso de Inglês

terça-feira, 21 de outubro de 2014

E a chuva que teima em não descer direito

Esse ano a chuva não veio na época e na quantidade que deveria.
Está sendo um ano quente  e muito seco.
O ar está pesado, difícil de respirar. Alergias pipocando para todos os lados e para as pessoas que, como eu, apenas de-tes-tam calor, o mau humor abunda.
Odeio calor, esse negócio de tostar no Sol não é e nem nunca foi a minha praia (não resisti, sorry!)... Lembro das filas dos ônibus para a praia sábados e domingos, já que morava em frente aos pontos finais do 455 e 456. Era pequena e já pensava: "Deus me livre!!" e , sinceramente, tanto pelo calor como por encarar um busão para ir à praia, Deus me livre meeesmo!
Papai dizia que se algum dia ficasse rico, mas muito rico, teria como objetivo na vida perseguir os 20 graus; era um homem muito sábio, mas acho que perseguiria os 18.
Desde que me mudei aqui para BH venho notando aos poucos a mudança do clima. Nos primeiros anos na cidade não tinha nem ventilador/circulador de ar em casa. Depois ele chegou de mansinho e agora cada um tem o seu... E aqui é seco prá Dedéu!! O nariz sangra, entope, incomoda.
As serras ao redor da cidade arderam nas últimas semanas e o fogo, além de destruir fauna e flora e colocar mais ainda os mananciais em risco, chegou perto das casas, colocando a vida de muitas pessoas em risco. O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil ,IBAMA, sei lá mais quem não estavam conseguindo dar conta de tantas demandas.
Sem falar no risco de falta de água, porque todo mundo já está falando. Não é só São Paulo que está sofrendo com isso, seja lá por que motivo for: falta de planejamento, dificuldades em assumir que não estavam preparados para uma seca descomunal, ano eleitoral,.. São Pedro de sacanagem...
E ainda tem o Horário de Verão...
Os lagos das represas ao longo do rio Paraíba do Sul (velho conhecido de quem pega a BR 393) estão bem abaixo dos níveis habituais.
Mamãe disse que choveu hoje em Estrela Dalva e essa madrugada a chuva caiu bastante por aqui.
Espero que seja o começo. Peço que chova, mas sem exageros. O ideal seria sem catástrofes, alagamentos,acidentes... O que bastasse para tirar as represas e reservatórios do estado caótico em que se encontram; para que o gado engordasse, as pastagens verdejassem e as lavouras não se perdessem.
Agora uma homenagem do Carlinhos Brown...



Amém!

Beijos,
Lela.

Leia também: Um dia terei um dia de fúria.
                        Falando da chuva
                        Uma sexta feira


Leia também

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Não sabia que enxergava mal...

Há tempos venho notando uma certa preguiça em mim, ou falta de coragem como realmente prefiro.
Livros pela metade, artigos iniciados e deixados de lado, letras pequenas em toda parte, bordados mais simples e nem por isso terminados. Muitas tarefas iniciadas e não terminadas e isso começou a me incomodar e a me fazer pensar.
Estou cansada? Deprimida? Na pré menopausa? Preocupada com outros assuntos? Distraída apenas? Todas as respostas acima e nenhuma das respostas acima.
Descobri que estava com dificuldade de ler, que não estava enxergando.
Ao fazer revisão da minha miopia por volta dos 38-39 anos, ouvi a pergunta engraçadinha do Oftalmologista: "- Está preparada pro multifocal, Gabi?" Não estava e empurrei essa decisão para mais adiante. Ano passado, outro médico, achou que ainda não precisava; pensei satisfeita que havia ultrapassado a barreira dos quarentinha e ainda não precisava do indefectível acessório. Pois é, um ano depois descobri que minhas tarefas que requeriam olhar de perto, mesmo as mais bobinhas como lixar as unhas, não estavam sendo realizadas de forma adequada. Lá fui para o Oftamologista de novo e a bomba: óculos de meia distância e para perto.



Atualmente tenho óculos par ver televisão e dirigir e outro para trabalhar no PC e fazer minhas coisas.
A Presbiopia, ou a famosa vista cansada tarda mas não falha, já que ela vem com o envelhecimento da pessoa e o consequente erijecimento dos músculos ciliares. As causas disso são o aumento contínuo do crsitalino e a perda da elasticidade da sua cápsula, fazendo com que os músculos ciliares não consigam mais modificar seu formato e com isso não consigam mais ajustar seu foca para imagens de perto. É o famoso defeito de acomodação.
Fiz o talzinho para meia distância e perto, mas ainda estava desconfiada que se tratava de um exagero do médico, porque médicos são muito exagerados, como todos sabem...Ao sentar com ele no nariz na frente do computador levei um baita susto: enxergo tudo!! Maravilha!
Não tinha a menor noção que meus olhos estavam pedindo arrego dessa maneira. A tela é grande, as letras são nítidas. Artigos foram terminados, resumos foram feitos e as unhas foram lixadas à perfeição. Estou aguardando pelas férias e pelos bordadinhos...
Por enquanto não tenho condição de inserir meu pequeno grau de miopia e astigmatismo no mesmo "oclinho"... Acho que não vou me adaptar e como tenho labirintite às vezes tenho medo disso contribuir para as minhas zonzeiras ocasionais. Do jeito que está já me satisfaz e resolve meus problemas, só é mais uma coisinha prá eu carregar...
Não me incomodo de usar óculos. Até queria ter várias armações, para combinar com meu humor, roupa, cabelo... Essas coisas bem fresquinhas e mulherzinhas, mas por enquanto isso não é possível. No máximo quando terminar de pagar esse, vou fazer outro pra deixar em casa para uma emergência.
Uma coisa a meu favor: Nuca perdi óculos. Já perdi telefone, chave, bolsa, brinco... Mas óculos jamais.
Ponto prá mim...

Beijos da cegueta,
Lela.

Leia também: Preguiça, não...
                     Aflição, Gastura, Nervoso...De perto ninguém é normal...
                   
                     

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Escreve o que quiser,mas não mata o Português...

Estou há tempos para falar desse assunto,mas confesso que faltava coragem.
Não sou o Professor Pasquale que sabe absolutamente tudo sobre a Língua Portuguesa, mas acho que não faço feio.


Na época do Metropolitano, meus colegas e eu tivemos excelentes professores, verdadeiros mestres, que nos ensinaram a usar um dicionário, a ter curiosidade a respeito de novas palavras, a interpretar o que líamos, a arte do reconto em frente à turma e a escrever.
Não, não era um mar de rosas. Era um martírio ler um livro por mês e num dia determinado ter que estar munido de caneta vermelha e régua para sublinhar as palavras que o Professor Xavier determinava, página por página. Sem régua, não dava, porque ele não deixava. Feito isso, tinha um dia para apresentar as tais palavrinhas ( eram muitas) e ele corrigia. Passava olhando todos os cadernos de todos os 50 colegas da querida turma 50. Lembram disso?
E apresentar a história sob a nossa ótica na frente dele e da turma, no lugar que ele determinava e tendo que fazer gestos para recontar a história? Detalhe que ele incentivava os gestos e até dava uma ajudazinha ao mais "durinhos"...
Toda sexta tinha redação feita no papel almaço e tinha que ter ilustração. O rascunho era corrigido e devolvido para nós. A redação, hoje chamada pomposamente produção de texto, era passada a limpo no Caderno Silhueta, o Caderno Nobre de Redação.
Isso tudo na quinta série, atual sexto ano.
Passado isso, tivemos ainda D. Neyde, Maria Célia, Paulo Roberto, Sepúlveda, Luís...
A língua portuguesa era ensinada, cobrada, exaustivamente treinada. Eram muitos exercícios para que aprendêssemos se as orações eram  coordenadas ou subordinadas; se o objeto era direto ou direto; se o verbo era transitivo ou de ligação. Conjugações verbais já tinham sido aprendidas antes, com a tia Cleide, então não era problema. Escrevíamos cartas, bilhetes... Aprendemos sobre os autores realistas, românticos, modernos, sobre Suspiros Poéticos e Saudades, Navio Negreiro, Lima Barreto, os irmãos Andrade... Nesse ponto já éramos mais velhos, e as coisas só apertavam...
Meus coleguinhas metropolitânicos escrevem muito bem, alguns desde sempre. Têm o dom, lógico, mas este foi lapidado por todos esses professores brilhantes, pela leitura, pelo estudo.
Escrevi isso tudo para dizer que quase morro ao ler determinadas coisas na internet de pseudo-formadores de opinião. Erros ortográficos grosseiros, concordâncias não concordantes e tudo de pior. Deixei de seguir uma criatura no Instagram que convidava para o lançamento de sua coleção de "bolças" e dizendo que as clientes estavam "rochas" (cor) de tanta "anciedade". Morri um pouco ao ler isso, porque foi tudo na mesma postagem. Pelo amor de Deus!!! Ninguém é obrigado a saber, mas vai procurar um dicionário, filha!!!


Na época da faculdade, quando estudava para prova através de apostilas de aulas gravadas, às vezes encontrava um "hambiente" ou "humidade" ou ainda "auterações" na transcrição e essas coisas me deixavam louca!
A geração internet também me enlouquece com a escrita. É tudo abreviado, americanizado e muitas vezes errado (falado e escrito) e essa reforma ortográfica dificultou ainda mais as coisas, pelo menos para mim. Tem acento?? Não tem? A questão resolvida foi a do/a trema. Acabou, com a graça do Senhor.
Cada vez que um dos meus manda mal, eu só olho; e pela minha cara eles sabem, antes que saia um som da minha boca, que eles assassinaram um pouco o Português...
Volto a dizer, quem sou eu para ficar falando,mas certas pessoas deveriam ganhar dicionário de presente de aniversário, Natal, Páscoa, Dia do Amigo, dos Namorados, das Mães, etc... Um Aurélio para determinadas pessoas viria bem a calhar...

Santo Metropolitano!!
Um beijo, queridos professores, onde quer que estejam,

Lela.


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                       Que livros você lê?
                       Cheiro de livro

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Méier

É a bola da vez.
Quem vê Vai que Cola e é do Méier (como eu) rola de rir das sacanagens que o elenco faz com o simpático bairro da Zona Norte do Rio.
O povo escracha totalmente e assistindo ao episódio de ontem, fui interpelada com a seguinte perguntinha: "Mãe, de que parte do Méier eles estão falando? Porque eu não acho o Méier tão ruim assim..."



Eu ri, né gente!
Morei no Méier a minha vida inteira, até casar.
Brinquei na pracinha que tinha na descida do viaduto.
Estudei no Tim Lim, Educo, Metropolitano, Miguel Couto...
Primeira Comunhão na Sagrado Coração de Jesus...
O curso de inglês foi o CCAA da Ana Barbosa e depois naquela filial da Silhueta Infantil.
Balézinho no Centro de Dança Rio.
Tudo lá.
Saí do Méier prá cair numa faculdade da Zona Sul. A pessoa que andava na Dias da Cruz e ia ao cinema no Imperator foi parar na Glória!
Confesso que estranhei...
Minha primeira BFF e até hoje amiguinha mora no Méier.
Gosto demais do Méier e levo no bom humor as bobagens do programa. Coisas do tipo: "Sabe o que é pior do que acordar no Méier?? O Méier!!"
Tenho ótimas lembranças de tudo; de um tempo calmo em que uma menina de 10-11 anos podia ir sozinha pegar o irmão de 8 na escola e depois voltar para a aula tranquilamente.
O pão de queijo da Rainha; o pão tatu da padaria Imperator (deve ter tido um imperador por lá...) enchiam as bocas de água.


O PAM  hoje é dirigido por outra amiga, só que essa da Tijuca
Será que ainda tem o salão Primavera??
E quando o MacDonalds chegou?? Programinha certo.
Tinha e ainda tem tanta coisa bacana.
Sabe o que é melhor em acordar no Méier?

O MÉIER!!


Beijos,
Lela.

Leia também:  A Saga do Curso de Inglês
                     

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Bonecas Blythe

Já há algum tempo venho vendo no Instagram umas imagens de bonecas e fui pesquisar.
Descobri que elas se chamavam Blythe e que eram americanas.
Fofas!
Tem uns olhos enormes, estão sempre bem vestidinhas, nos mais diferentes estilos. Sucesso total no Japão e nos States, com grupos de fanáticos seguidores.
Vi no Printerest muitas fotos delas em poses diferentonas, estilosas e guardei algumas que vou colocar aqui.
Sempre gostei de bonequinhas. Era daquelas de caderninhos Júlia, adesivos do Morehead, figurinhas Sarah Kay, Betsey Clark ...
Recentemente descobri também as ilustrações Gorjuss, mas por enquanto também estão restritas ao meu Printerest.
Mas as Blythe são bonecas de verdade
Brincadeira de mocinha mesmo...

Olha só:





Não são lindas de tudo??!!
No Printerest tem um tantão...

Beijos,
Lela.

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                        Coisas de Mocinha

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Sumiço

Sumi,né?
Muito trabalho,muito sono, muita falta de paciencia...
Então iria ficar repetitiva. Reclamando do sono, ou da falta dele, dos folgadinhos de plantão, dos que não respeitam vagas de idosos, questionando minha irritação e declarando abertamente meu amor pelo Miguel e pela Ana. Mas descobri que algumas pessoas sentiram minha falta. Então voltei...
Lógico que agora que voltei meu assuntos serão inevitavelmente os mesmos, mas fazer o que? Escrever sobre eles, obviamente.
Contar como tenho dormido um sono pesado, sem sonhos e que às vezes custa a chegar; que raramente recorro aos medicamentos, mas quando me entrego, tenho um sono dos deuses.
Vou contar que estou em contagem regressiva para as férias,mas que nelas não vou fazer nadinha...
Que esse ano ainda não peguei grandes engarrafamentos.
Que ainda não tenho candidatos a deputados federal e estadual.
Que levei Miguel no Anima Mundi e ele ficou mais fascinado ainda.
Que fui com a Ana assistir  "A Bela Adormecida" e ela teve a pachorra de me dizer que as músicas deram sono.
Que vou usar lentes corretivas para perto e meia distância.
Que falta salário no meu mês.
Todas essas banalidades é que têm feito parte dos meus dias; são coisas que venho dividindo nesse último ano e que por razões desconhecidas parei.
Estou agora ensaiando uma tímida volta.
Tenham paciencia comigo.

Beijos saudosos,
Lela.

Leiam também:Começando.
                     

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Silencio

Meu silencio é estranho até para mim.
Meu silencio é um grito.
É falante, eloquente.
Meu silencio fala.
Meu silencio pede ajuda.
Porque não choro, não calo.
Opino. Discuto. Esbravejo.
Calei esses dias.
Pela saúde de quem amo,
Pela vida de quem mais quero.
Pela falta que sinto.
Pela fome do mundo.
Pelo avião bombardeado.
Pela falta de paciencia que incendeia meus dias e minhas noites.
Pelo final ridículo da novela.
Pelo braço do menino.
Pelo tigre.
Pela guerra na Ucrânia.
Pela Palestina e por Israel.
Pela desesperança que teima em me atingir mesmo que eu lute.
Pelo frio que me congela a alma.
Pela fome que me rói por dentro.
Pelo que não posso controlar.
Pela amizade perdida
Pelo que já foi
Pelo que nunca foi
Pelo que virá
Minha dor me faz calar.
Meu silencio é meu choro.


Leia: Eu não sou legal
        Patricia

terça-feira, 8 de julho de 2014

Fim de Copa.

A Seleção perdeu hoje a chande de disputar a final da Copa do Mundo de futebol aqui no Brasil. Perdeu vexatoriamente para a Alemanha por 7 a 1, numa exibição pífia, para ser elegante.
Segundo a história foi a pior derrota da Seleção, que participou de todas as copas. Galvão Bueno no Jornal Nacional define como um apagão, todos tentam explicar o inexplicável.
Sem seu jogador principal, Neymar, abatido em pleno voo no último jogo, os canarinhos estavam desnorteados em campo. Sem o capitão... Mas pelo visto, sem ninguém... Achei todo mundo perdidão.
Não jogaram bem em todos os jogos, sempre foi muito chororô, o que para mim mostrava um descontrole danado, mas nem nos meus piores pesadelos pensei que fosse ser assim.
Não entendo de futebol , não é meu esporte favorito e estava claramente indignada com essas obras e todas as revoluções no Brasil por causa da Copa. Mas...


Nunca estive contra a Seleção. Tenho simpatia pelo técnico Felipão e por muitos jogadores, não todos. Achei fantástico o fato do cara ter dado a cara prá todo mundo bater na entrevista coletiva depois do jogo e dizer que a responsabilidade da derrota é dele. Foi homem prá caramba!!
Minha antipatia não é pelos jogadores, nem pelo técnico. Minha repulsa completa é pelas organizações.
Pelas obras que não saíram; pelas férias fui impedida de gozar junto com os meus filhos, como tantas vezes já falei; pelo viaduto que caiu e matou duas pessoas, viaduto esse que custou mais de 400 milhões e fazia parte das tão faladas obras de mobilidade urbana para a Copa. Tenho vergonha desse Brasil! Muita!!
Não tenho vergonha alguma de ser brasileira e fiquei chateada com a derrota.
O brasileiro é um povo gente boa, simpático e tudo que está sendo exaltado de positivo nesses dias dizem respeito ao brasileiro comum, desconhecido, que toma banho, escova os dentes, dá carona, dá informação, dá sorrisos. As reclamações vêm do trânsito, dos preços, de tudo que não temos como controlar. O povo brasileiro está fazendo bonito nesses dias.
Enquanto isso aqui em casa a Copa também foi animada. Fizemos bolão em todos os jogos, estimulamos os meninos a assistirem às partidas. Cantamos o hino junto com os jogadores... A Ana assistiu vários jogos com camiseta verde a amarela. Toda bonitinha cantou "mostra tua força Brasil..."
Isso é ter vergonha da Seleção?? Acho que não.
Só não tolero as patrulhas de "sou brasileira com muito orgulho e com muito amor" e só. Não aguento a superficialidade, não aguento o choro e o sofrimento pela seleção e as pessoas não se importarem com o que realmente importa.
A Seleção perdeu?? Perdeu, que pena... Amanhã meu relógio vai despertar as 6:15 e as sete e meia começarei meu dia de trabalho. Nada mudou nada na minha vida..
Nada mesmo.
Bem que o Homer Simpson avisou...



Tchauzinho,
Lela.


Leia também: O país do futebol não é o país da Copa
                      Como eu sei o hino da Alemanha
                     
                     

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Dor

Desde ontem o meu coração está pesado.
Assistir a dor de quem quer que seja,sem ter meios para aliviá-la é triste; e é o que está ocorrendo comigo desde ontem.
Presenciei a dor na alma. A dor do abuso. A dor do descaso. A dor da fraqueza. A dor da desesperança...
E doeu em mim. 
Em mim doeu a dor da impotência, doeu não ter meios necessários para remediar, aliviar e, por que não curar?
Adolescentes são seres desconhecidos até para eles próprios, com dúvidas e enfrentamentos variados. Medo do desconhecido; do corpo que toma outros contornos; dos amores não correspondidos, até dos correspondidos... Medo de não serem aceitos pela galera, de não seguirem aquelas regras que já nem se sabe quem fez... Medo de crescer, apesar da imensa vontade de crescer. 


Querem voar, mas ainda têm as asas frágeis e os voos são pertinho do chão, um pouquinho por vez, cada vez com uma novidade e a cada dia com mais confiança. Por isso tudo precisam de ninho, de conforto, de apoio, de acolhida e essa acolhida vem de todos os lados, mas tem que vir da família também.
Não fácil ser adolescente, eu sei. Mas não é fácil ter um adolescente, entender um, saber a lógica dele... Com isso fica difícil apoiá-lo incondicionalmente, o que não significa que não o amemos desesperadamente.
Aí se esse adolescente não se sente amado e apoiado, muitas vezes encontra isso em outros cantos: amigos, religião, música, internet.
É muito fácil ser amigo de internet. Falar palavras bonitas e discursos prontos de apoio,quando ninguém sabe que realmente está por tás da tela; esculhambar com a família ou Deus e ir plantando dúvida em um coraçãozinho e cabecinha em formação. Estimular práticas autodestrutivas é fácil por tás de máscaras.
Adolescentes machucam uns aos outros. Pessoas machucam umas às outras. Isso é fato. Mas tem adolescentes e adultos que se machucam literalmente: se cortam,se batem, quando não fazem coisas piores. E olha que triste: tem pessoas que os estimulam a agir dessa forma.
Por que adolescentes se cortam? Para chamar atenção? Por que brigaram com o namorado (a)? Por que a mãe - ou o pai, ou ambos - não entende nada do que ele está sentindo? Por que a vida é tão injusta?? Por que?? Eles se cortam por tudo isso e muito mais. Porque se sentem sozinhos, porque a dor na alma é tão grande que extrapola e o corpo tem que padecer também; porque têm muito a dizer e acham que não têm ninguém para ouvir... Porque são gordos quando queriam ser magros e magros quando queriam ser gordos...Porque está doendo viver naquele momento; porque estão sem amigos (reais e não virtuais); porque a família não vê; porque a escola não entende; porque esse processo de crescer está doendo mais do que eles acham que podem suportar... 
Acolher e ouvir é o primeiro passo para ajudar. Ouvir sem julgar, sem levantar a sobrancelha e apontar o dedinho. Empatia. Entendimento. Parece pouco, mas não é. Um abraço e um "eu estou aqui para você" podem fazer muita diferença. Sugerir atividades que desviem o pensamento dessas coisas, atividades lúdicas será que ajuda? Ajuda. Pedir para procurar ajuda profissional é bom? Lógico que sim! Tem muita gente pronta, disposta e com um arsenal profissional pronto para ser usado em prol de diminuir a dor de alguém, do seu amigo, do seu irmão, do seu filho... 


Então vamos fazer uso disso, gente!!
Vamos ajudar ao invés de estimular!!
Vamos dar um abraço!!
Vamos dizer "Eu estou aqui prá você!" !!
Vamos procurar ajuda juntos e não ensinar como faz.

Vamos juntos!
Vai parar de doer.
Eu estou aqui prá você.
Beijos,

Lela.
(Já me sentindo melhor por ter dividido...)

Leia também: E o que você fez?
                      Quando eu falo com Deus
                      

domingo, 29 de junho de 2014

Será que sou bipolar??

Ou apenas intolerante, quem sabe??
Vejo coisas que me deixam profundamente irritada, por dentro. A impressão é que sou uma panela de pressão prestes a explodir.


Determinados fatos me levam à loucura, eu sei... Coisas que nem me dizem respeito.
A alienação me irrita profundamente!
O mundo acabando e a pessoa retocando o batom, ou indo lavar o carro, ou andando a 40Km/h bem na minha frente.
Gente que só olha pro umbigo...Que espera o dia de amanhã para fazer alguma coisa, ou está esperando que alguém faça. Gente que, como alguém sabiamente me disse, não sai da adolescencia, que vive de passado, que quer tudo na mão, que não trabalha.
Tenho noção que explodo de repente, por pouca coisa às vezes e que falo coisas sem pensar. Mas não consigo segurar e quando vi, já foi.
Odeio que me cutuquem, que fiquem me chamando enquanto estou lendo, que me acordem por bobagens. Odeio ter que falar muitas vezes a mesma coisa e a minha paciencia é curtíssima... Aí já viu; quem sofre são os meus filhos.
Mas reconheço que tenho reações despropositais e aí vêm as perguntas: Sou só impaciente? Estou num dia ruim?? É TPM? Estou sem dinheiro, por isso estou nervosa desse tanto?? Ou então a pior de todas chega à cabeça: Será que sou bipolar? Se for estou doente e preciso de tratamento.
A bipolaridade é um transtorno de humor, a famosa e antiga PMD (psicose maníaco depressiva), em que o paciente alterna períodos depressivos com períodos de hiperexcitabilidade ou mania. Mas tudo que li e leio não se encaixam na minha pessoa, graças a Deus!
Então sou só estressadinha e impacientinha mesmo...

Ainda bem!
Boa semana!

Beijos,
Lela.

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                      Saudade.
                      Obrigada por tudo
                     Eu não sou legal...

terça-feira, 24 de junho de 2014

Patricia

Querida amiga,
Ontem fez 3 anos que você foi embora. Escolheu um feriado, pois sabia que a cidade estaria cheia e seria grande a surpresa de todos os seus amigos.


Eu estava lá.
Acordei no sábado com o Mário me olhando esquisito; tinha acabado de chegar em Estrela tendo deixado meu pai grave no CTI; e quando ele entrou no quarto dizendo que tinha que conversar pensei logo: "Meu pai morreu...". E ele não falou nada, ficou passando a mão na cabeça e escolhendo as palavras. Por fim ele resolveu abrir a boca e dizer que você havia passado mal em Juiz de Fora. Levantei correndo e perguntando se ele poderia me levar até lá, já que você poderia estar precisando de alguma coisa... Mário disse que não ia precisar porque você já estava em casa. "Menos mal, vou até lá...", pensei. Corta para o Mário, que me olhou de novo com olhos de nada: "Gabriela, a Patricia morreu..."; e chorou.
Como assim, você morreu?? Era o meu pai em estado grave, não você. Aí você vai, termina de subir uma escada e ...
No primeiro segundo pensei que fosse alguma brincadeira muito da sem graça, mas o choro do meu marido não deixou dúvidas.
Levantei, troquei de roupa, engoli qualquer coisa, vi alguns pares de olhos me olhando calados pela casa e recebi abraços dos meus filhos. Acho que eles não sabiam muito bem o que significava morrer, mas mesmo assim ficaram quietinhos, tristinhos e solidários.


Saí para a sua casa, sem chorar, e ainda um pouco sem acreditar. A ficha caiu quando o carro virou na sua rua e sua porta estava abarrotada de gente. Tantas pessoas talvez com o mesmo pensamento que eu. Amigos, parentes, antigos amores, idosos, crianças, todos querendo entender e como eu, acreditar.
Ao entrar na sua casa, duas amigas vieram correndo me abraçar e eu fiquei lá com uma de cada lado chorando. Agarradas as três e eu só pensando que aquilo era um pesadelo, que eu não estava vendo aquela cena, que aquela sala que fiquei por tantas vezes rindo e falando bobagens, que também presenciou as mortes de sua avó e de seus pais, agora era cenário do seu velório.
Quando saí do abraço das amigas, consegui chegar perto de você. Patricia, você quase ria, sorria . De onde quer que você estivesse deve ter ficado feliz de ver quantas pessoas foram se despedir.
Sua casa era tão familiar. A cozinha onde almoçamos tantas vezes, a varanda dos fundos onde jogamos conversa fora e sofremos juntas, o banheiro, o jardim que você tinha que limpar para que somente depois você pudesse ir medir a rua junto comigo... Seu quarto... Em todos os cômodos da casa tinha gente e minha vontade era de gritar para que todos fossem embora, porque só as amigas de verdade podiam ficar, para ficar com você uma última vez. Mas você era tão legal, tão divertida, que não era só nossa, era um pouco de cada um dos que estavam ali...
Abracei seu irmãos, e recebi deles abraços fortes e apertados, não vi seu filho que foi estrategicamente retirado da casa.
Em determinado momento puxei uma cadeira e me sentei ao seu lado.Peguei sua mão e conversei com você. Pedi desculpas de novo pelos tempos de afastamento, por nunca ter ido te visitar em Juiz de Fora, por não ter insistido por você vir aqui... Aí eu chorei quietinha, de saudade antecipada.


Era muito fácil gostar de você, Patricia... Engraçadérrima, desbocada, indiscreta, era um pouco o meu alter ego. Apesar de todas as dificuldades, nunca ouvi você reclamar e nem me pedir nada... Só exames para o Pedro e vermífugo.
Passados 3 anos, ainda tenho dificuldade em passar na sua porta. No Carnaval, tinha a impressão que você ia aparecer no meio da galera dançando "Lepo Lepo"e mandando beijinho no ombro para as recalcadas de plantão.
De vez em quando ainda sonho que estamos conversando juntas em Estrela e que você novamente me dizia, como disse da última vez, que o dia que voltasse para Estrela Dalva ia ser para ficar de vez; ou então você estava novamente reclamando da música "deprimente" do Fantástico, que sinalizava o final do final de semana, ou das férias, dos feriados...
Lembro de quando andávamos de bicicleta pelo meio da 393 e você saía cantando bem alto, gritado mesmo: "... e o meu coração embora, finja fazer mil viagens, fica batendo, parado, naquela estação...".
O nosso que ficou... O seu trem adiantou o horário.

Fique em Paz, querida.
Muitas saudades,

Lela.

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                      Passa Tempo

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Exposição Genesis

A exposição "Genesis"com a obra de Sebastião Salgado está no Palácio das Artes em Belo Horizonte até o dia 24 de agosto. Fui conferir hoje com o Miguel e a mamãe e saí encantada.


Já conhecia a delicadeza das imagens desse homem, extraídas da rudeza, do infortúnio, da miséria e da desgraça humanas. Sempre sem cor, mas com tantas coisas a serem mostradas que a cor se faz desnecessária nas imagens.
Sebastião Salgado é um fotógrafo extraordinário que já ganhou praticamente todos os principais prêmios da fotografia mundial como reconhecimento ao seu trabalho.


Em Genesis ele sai novamente pelo mundo em busca do intocado no planeta Terra. São mais de 240 fotografias tiradas entre 2004 e 2012, em mais de 30 países da África, Ásia, Américas, Antártica e Oceania. São povos isolados, matas intocadas, icebergs, canyons, vulcões, rios registrados em viagens de balão e canoas, e até mesmo a pé. Vai de Sumatra ao Pantanal, prá falar pouco.Dos índios se preparando para o Quarup até o delta do Cubango e por aí vai. A diversidade e a riqueza de detalhes são impressionantes e é difícil dizer qual imagem é mais fascinante, porque todas são. Em preto e branco, como de hábito, mas a cor não faz falta.
Até a onça pintada parece posar para a câmera dele. As paisagens das mais remotas regiões da Terra, de Papua Nova Guiné, passando pela Etiópia, Alasca e tantos outros.
O projeto Genesis é patrocinado pela Vale e é uma homenagem desse homem excepcional à natureza.
Há uma sala separada sobre o trabalho do Instituto Terra em Aimorés , sua terra natal. Criado por ele e sua esposa, visa a recuperação e conservação da Mata Atlântica no vale do Rio Doce e  também o desenvolvimento sustentável das comunidades envolvidas através de ações de educação ambiental. A sede do instituto está localizado na Fazenda Bulcão, que foi para as mãos do casal há mais ou menos 10 anos, quando a mudança, o milagre, a inteligencia, o louvor à natureza e à sustentabilidade ou, sei lá que nome isso tenha, começou a ocorrer.Hoje é um oásis no meio da destruição ocasionada pela pecuária desenfreada, que desmatou loucamente para fazer pastos.
Amei a exposição. Fiquei ainda mais fã, por tudo. Pelas imagens. Por fazer os olhos do meu menino brilharem. Por fazer com que minha mãe cansadinha, lesse tin tin por tin tin as legendas de todas as imagens, que se afastasse e se aproximasse para tentar entender não só com os olhos tudo que via.
Foi pura emoção.
Amei.
Abaixo algumas amostras das belíssimas imagens que fazem parte da exposição.

Vale a pena!
Beijos,
Lela.

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                      Mais uma vez Estrela Dalva...
                      Fotografia 2








Vale

terça-feira, 17 de junho de 2014

Cheiro de livro

Ontem estava sentada lendo ao lado do Miguel... A Culpa é das Estrelas.
Muito fácil de ler, tanto que comecei ontem e já acabei. Totalmente teen, mas isso não desmerece em nada o livro.
Fiquei com vontade de chorar algumas vezes; porque quando somos adolescentes tudo é muito. A intensidade do amor de Hazel e Gus vem contagiando milhões de pessoas ao redor do planeta e com toda razão.Tira tudo e responda sinceramente: E Amsterdã, hein?? Hein?? E aquele jantarzinho??
Mas voltando ao assunto, estava sentada lendo, veio o Miguel, senta ao meu lado com um outro livro, algum da série "A Lenda dos Guardiões" e pergunta se faltava muito para que eu terminasse. Resmunguei alguma coisa em resposta. Mas quem conhece a peça sabe o quanto que ele é insistente... Continuou tentando puxar assunto e a pergunta foi se ele poderia ler depois. Disse que sim, mas que ele lesse durante as férias e que já tinha prometido emprestar para uma amiga. Ficou meio desanimado porque não queria interromper a série atual e responde que eu poderia emprestar para a Leda que ele leria em PDF. Fechei o livro e olhei bem nos olhos do sujeito: Miguel, com livro em casa, você vai ler na internet? É isso mesmo?? Ele desabe de rir da minha cara (que devia estar mesmo muito engraçada) e dispara: Mãe, brincadeira... Adoro cheiro de livro!!. Olhei bem para o menino- rapaz ao meu lado e falei: Sabe que eu também!...
Gargalhadas dos dois bobocas, que abriram seus respectivos livros e começaram a cheirá-los. Cheiro de livro é bom mesmo... 


Sabe o que é bom neles também? Virar a folha, ter o prazer de ver que a orelha do já lido vai ficando maior que a orelha do que tem para ler... 
Que todos os adeptos às modernidades me perdoem...Pode ser muito prático, mas não é nem um pouco romântico.
Lágrimas em algumas páginas de determinados livros são praticamente obrigatórias, amassadinhos discretos, aquela sensação de uso... Se eu fosse um livro, gostaria de ser um real, não virtual.
Tenho livros queridos que me ensinaram da vida, das dores de amores, de amigos, de família, de lugares, de poesia... 
Se eu fosse dona de livraria, assim como já é sabido, de papelaria, seria minha principal cliente.
Nunca experimentei ler um livro nessas versões virtuais e os que li em PDF me cansaram muito. Talvez seja realmente falta de hábito, não sei...
Tanto faz se é cheiro de novo ou de velho; o importante é entrar e viajar.



Boa leitura!!

Beijos,
Lela.

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segunda-feira, 9 de junho de 2014

Doando cabelos...

Há tempos que a Ana precisava cortar os cabelos. Estava um jubão.
O meu tempo é curto porque só tenho folgas nas segundas feiras de manhã, que passam rapidamente e que são pequenas para todas as minhas demandas.
Pois bem, mas já tinha firmado posição que de hoje não passaria, porque além de tudo, ela estava pedindo,pedindo, pedindo...
E lá fomos nós. Séculos para a Diva acordar, escolher a roupa... Foi ficando tarde e acabamos no salão próximo de casa, com mais de 30 anos no mercado. Não volto!!
Quem se dispõe a cortar cabelo de criança tem que saber que elas não ficam quietas, se mexem e se remexem o tempo todo... Então bufar, meu caro Orlando, está proibido!!
Mas nem vou me alongar, não vale a pena.
No caminho, a Ana começou a dizer (novamente e novamente) que queria cortar bastante o cabelo. Já tinha perguntado sobre Chanel, franja e outras coisas. E foi aí que soltou a pérola : "Quero doar meu cabelo!!".
A menina do alto dos 7 anos resolveu que doaria o cabelo para fazer peruca para os pacientes com câncer e pronto. Nem argumentei que era melhor ir cortando aos poucos, que ela poderia não gostar e esse blá blá blá de mãe, não tive coragem. Suspirei e pedi: "Corta aqui!" E o cara rabugento cortou. E foi cortando e dando as mechas prá eu segurar... Depois foi acertando... E terminou... Curtinho. Acima do ombro. Eo medo dela chorar??
Não chorou. Disse que ela não estava se conhecendo, mas que havia gostado. E gostou mesmo.
Ficou com  carinha de mocinha, mais mocinha ainda... Uma graça, como sempre! Linda como sempre!!
A doação será feita para o Instituto Mário Penna, que recebe nas suas unidades os cabelos de outras tantas corajosas.
O que esperar de uma menina assim??



As doações podem ser feitas nos seguintes locais em Belo Horizonte, mas em todo o Brasil institutos e hospitais ligados ao tratamento de câncer recebem esse tipo de doação. Informações podem ser obtidas pelo 0800-0391441 ou pelo site: http://www.mariopenna.org.br/mariopenna/Pagina.do

Vamos lá!!
- Hospital Mário Penna
  Av Churchill, 230 - Santa Efigenia
  Procurar por Luciene (CRC) de 9h as 17h

- Hospital Luxemburgo
  Rua Gentios,1350 - Luxemburgo
  de 9h as 17h.

Beijos,
Lela.

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terça-feira, 3 de junho de 2014

Maleficent

E aí que conseguimos ver o filme no domingo. Em outro shopping. Legendado e em 3D.
Perfeição.
Não vou contar a história porque é muito chato isso de "dar spoiler", como dizem os garotos... Só digo uma coisa, vale a pena!


Cenários padrão Disney, as cores que a gente não tinha noção que existiam, nuances, claro e escuro.
A velha batalha entre Bem e Mal muito bem contada.
Li a crítica ao filme numa revista e preciso discordar. O filme não é lento e muito contemplativo. É delicado, nem sempre prá crianças... A minha Ana mesmo achou certas partes meio devagar, mas achei tudo no devido lugar.
E o que dizer de Angelina Jolie?? Maravilhosa! Perfeita! Diva! Passou o filme com um ressentimento, rancor, dor e depois...
A Aurora tem a carinha de boba alegre daquelas, mas tem contexto: criada por 3 doidas, as fadas- tias, afastada de tudo e todos por motivos que todos conhecemos muito bem (quem nunca viu, veja o desenho, leia a história, tenha um filho e corra atrás do prejuízo!!), tinha mesmo que se admirar com tudo de novidade que visse pela frente.
As fadas aparecem pouco, talvez se o filme fosse um pouquinho mais compridinho houvesse lugar para elas, porque Malévola reina absoluta e não tem para ninguém; talvez para o corvo- homem Diaval, memso assim só um pouco.
Adorei o príncipe pensando se beijava ou não a menina dormindo, afinal de contas "eles não se conheciam direito"... Ri demais!!


Esses príncipes modernos...
Não se fazem mais histórias de amor como antigamente...
Esses finais inesperados...
Enfim, Jolie foi Jolie, a Disney continua top e eu mais uma vez me encantei com a modernidade... Sem falar na felicidade dos meus filhos...

Well, well...
It was awesome!!!

See you,
Lela.

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sábado, 31 de maio de 2014

Decepção de filhos...

E eis que depois de uma longa espera o filme Malévola chegou aos cinemas na última quinta feira. Não vou mentir e dizer que estava roendo as unhas e super ansiosa, porque não estava... Live action da Disney como está na moda e agora contando a versão da bruxa má.
Estava curiosa por todos os teasers, traillers, posters e todos os outros materiais que vinham sendo liberados ao longo dos últimos meses e  porque meus filhos não me deixaram ignorar que esse é o final de semana de estreia.


Então depois de uma batalha por horários,acertos e negociações saímos para a sessão de 18:20 h DUBLADA (eu sofro!) no Boulevard Shopping. Odeio filme dublado, mas como a Ana ainda lê devagar, negociei com o Miguel e, como era num horário possível... 40 minutos de fila e quase na nossa vez a sessão lota. Tensão no ar... A mãe que estava na nossa frente com 2 crianças bem menores desistiu e quase quis perguntar se não era melhor desistirmos também, mas não. Ao invés disso perguntei à Ana se ela dava conta de ler alguma coisa e que eu ajudaria... A vontade de ver o filme era tanta que ela disse que tentaria e desconfio que ela tentaria entender mandarim se fosse o caso, só prá ver a Angelina Jolie chifruda e, por incrível que pareça, muito linda...
Ingressos comprados para a sessão legendada (IUPIII !!) das 19 horas. Bons lugares. Tudo ok. Tempo exato para a compra dos chocolatinhos e do xixi. Nas idas ao cinema com a Ana a água está fora de questão, porque de outra forma tenho que sair no meio do filme para que ela esvazie a bexiguinha de passarinho...
Entramos. Começa Miguel a agitar as pernas, ansioso. Ana começa tagarelar que as luzes não apagavam e eu confesso que comi meus chocolates, visto que agora são uma iguaria rara na minha vida...
As luzes apagam e começa o trailler de "Como treinar seu dragão 2". Estava meio desfocado. Achei esquisito, mas sei lá...
Aí começou o filme. 5 minutos de fime e tudo totalmente desfocado. Se a imagem estava boa, as legendas eram ilegíveis; e o contrário também era verdade. O pessoal começou a reclamar e a gritar "FOCO!". Aí apagou tudo. Passaram uns 10 minutos e o filme recomeçou, A mesma coisa, tudo desfocado. Apaga tudo de novo... Reclamação geral, começou o entra e sai de gente e aparece  o responsável informando que  o projetor estava com problema, que era a segunda vez no dia, que não seria possível continuar a exibição do filme e que passássemos no guichê para receber o dinheiro de volta ou para revalidar o ingresso para outro dia... Tive até medo de olhar para o rosto do Miguel porque pela agitação das pernas eu já sabia.
Como confiar e revalidar o ingresso para outro dia? Segunda vez no mesmo dia...
Fico chateada por ver mais uma vez a falta de cuidado dos estabelecimentos com o consumidor: "Não deu certo, sem problemas, devolvemos o dinheiro..." Não é pelo dinheiro apenas. É toda uma expectativa frustrada, é a decepção estampada no rosto das suas crianças e de outras tantas!!
Não gostei, não sei se volto a assistir algum outro filme no Cineart do Boulevard Shopping, embora já tenha ido algumas vezes e nunca tenha tido problemas. O tempo dirá...
Amanhã faremos nova tentativa, em outro shopping.
Se der certo, eu conto...


Beijocas,
Lela.

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domingo, 25 de maio de 2014

Fazendo nada

Domingo.
Até Deus descansou no Domingo...
Dia Internacional da Preguiça, meu pecadinho predileto.
Acordei tarde. Passei o dia de camisola, não arrumei minha cama, o almoço já estava pronto. O Paraíso!
Encaro o domingo quase como um retiro espiritual, uma preparação para a semana, não só para a segunda feira.
E que semana!
Mas deixa a bendita prá lá e voltemos ao Domingo.
Acordei hoje com o Mário chegando de viagem. Tinha acordado muito cedo no sábado e não descansei, ao contrário, não parei. Dormi tarde e acordei várias vezes na madrugada por causa do Teco, o novo habitante de 4 patas, que ainda chora de madrugada. Não foi ideia minha, juro!
E ainda estou tomando remedinho para a minha vertigem e ele me deixa lerdinha,lerdinha... É sono que não acaba, pelo menos agora na hora certa.
Gosto de fazer nada aos domingos e acho que sempre foi assim...


Domingo era dia de voltar de viagem ouvindo o jogo pela rádio Globo (AM...Oh,Deus!! A minha idade é revelada pelos detalhes que vou lembrando...); de pegar engarrafamento na Avenida Brasil; de ver Os Trapalhões; de ir à casa do vovô Nato tomar Coca Cola e comer biscoitos; ou então ver as tias Cicinha e Oraida, velhinhas simpáticas e complementares e que qualquer dia aparecerão por aqui. Era dia também que o Jayminho voltava para o Colégio e depois para a Escola. Então virou um dia de despedidas.
Minha amiga Patricia, que foi fazer festa no Céu cedo demais, dizia que ficava deprimida com a música do Fantástico, porque domingo estava ligado ao fim de férias, feriados e afins. Todos iam embora e ela continuava lá em Estrela Dalva. Realmente, a cidade era pequena para os sonhos dela.
Até em Estrela os domingos são chatos, depois da Missa não tem mais nada. Esse ano foi diferente porque na segunda era feriado. Aí foi bom: rua cheia, amigos na praça, conversas, risos, pipocas,fofocas, brincadeiras de filhos e coleguinhas... Saudades...
Nem parecia domingo.

Boa semana!
Beijoca,
Lela.


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sexta-feira, 23 de maio de 2014

Um dia terei um dia de fúria...

Não sou politicamente correta, de forma alguma.
Sou muitas coisas: irônica, debochada, estressada, ansiosa... Bagunceira, embora deteste e jure que vou mudar. Chego atrasada. Tenho preguiça/ falta de coragem...
Falo coisas que tenho que falar, muitas vezes de modo brusco.
Falo alto e parece que estou sempre brigando com alguém.
Sou curiosa, além do limite do aceitável... Morro quando sei que alguém sabe alguma coisa que eu não sei e, nunca diga que depois quer falar comigo. Fale agora ou eu mato!
Mas mal educada acho que não sou. Dou bom dia, boa tarde e boa noite. Deixo os mais velhos entrarem ou saírem na minha frente, mesmo que depois eles (tadinhos...) fiquem em passo de tartaruga na minha frente.
Não furo fila, não fecho cruzamento,paro antes da faixa de pedestres. Quando andava de ônibus, não sentava nos lugares reservados aos idosos, gestantes...Não paro nunca em vaga de idoso ou de portadores de necessidades especiais. Sem falar que não sou fumante então não preciso levantar para ir "lá fora"... E que não jogo lixo na rua. Espero o vizinho que está chegando para subir (dependendo do vizinho, confesso...)
Mas não faço nada especial; isso é o correto. Nem tinha que estar falando sobre isso: lei é lei, certo é certo, educação é educação...
Agora tem gente que é demais e aí minha irritação vai até a Lua. O carro da pessoa é grande, mas ela vai ao supermercado e para em duas vagas. ATRAVESSADO!!!. Não pode ser possível. Adoro essas SUVs , caminhonetes, Land Rovers da vida, mas vamos combinar que elas cabem em uma vaga de supermercado, seu folgados?? Que droga!!


E a outra que vem com seus carrinhos de compra, descarrega no porta malas e vai embora sem levar o carrinho de volta. E ainda deixa os benditos no meio das vagas. O fim.
Antes que você pense que sou contra os mais favorecidos já vou avisando, não sou. Gosto muito e trabalho demais para, quem sabe um dia poder chegar a uma Pajero abarrotada de compras do Verde Mar ,com tudo do bom e do melhor para a minha família. Pagarei em cash, sacado de uma belíssima Louis Vuitton. Ou seja, totalmente capitalista e consumista. Mas daí a ser mal educada vai uma diferença.
E antes que você também pense que só olho para os "abonados", de que lugar do inferno saíram a maioria dos motoqueiros??? Cortam por todos os lados, qualquer dia vão passar mesmo por cima do carro, arranham a pintura, estragam retrovisor. Tenho vontade de esfolar todos. E quando vão fazer entregas e chegam de capacete. E os entregadores?? Hoje de manhã subia no elevador para começar o dia. Antes das 8 da manhã, o cidadão entrou junto comigo, com o celular berrando uma música sertaneja que falava de um corno, de um espertão e de uma desclassificada  casada, praticamente em triângulo amoroso do qual o marido fazia parte sem saber... Michael Douglas feellings... 6 pessoas e o bonito do moço curtindo, sem fone...



Vamos combinar???
É muito, né gente?

Beijos e bom final de semana,
Lela.


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quinta-feira, 15 de maio de 2014

Mães

Mãe é chata?? É.
Muito demais.
Sabe tudo, ou pressente tudo.
Bota o nariz onde não deve.
Interfere.
Dá opinião sem ser convidada a falar.
Grita por causa de tudo: das meias ao armário de livros.
Jura que não vai falar mais, que vai deixar prá lá, que vai deixar todo mundo de lado, ou que pior, vai entregar de bandeja para o pai e aí eles vão ver o que é bom.
Teima em arrumar a mochila porque "não está do jeito certo".
Tem sempre a bronca individualizada, na ponta da língua: "Não me interessa a nota de toda mundo,não sou mãe de todo mundo!!"; ou então a clássica "A mãe de todo mundo deixa, mas eu sou SUA mãe e não de todo mundo; não vai e pronto!!"
É um saco quando a gente é filho...Mas totalmente compreensível quando passamos para o time delas. É isso mesmo e no fundo nos sentimos individualizados mesmo, únicos, e isso nos torna especiais
Especialidade de mãe é fazer com que sejamos especiais: lindos, inteligentes, espertos, amorosos e por aí vai.
A tal da mãe teima em brigar e ir contra tudo e contra todos...
ELA pode brigar, falar, reclamar dos filhos; só ela que fique bem claro!! Nem o pai pode.
A mãe gosta dos filhos com amor na mesma quantidade, mas de formas diferentes e que às vezes parece uma forma muito esquisita de amor. Mas não se enganem, é amor!! O mais puro, desvairado e desmedido amor, nunca duvidem por favor...Se forem 2 filhos, o mesmo amor,nas mesmas quantidades,mas de formas diferentes; e se forem 4,7,15...Serão 15 mães dentro de uma só mulher.


Não tem nada nem ninguém que chegue perto, que ameace esse amor.
Mãe ama bilhetinhos, desenhos, garatujas, seu nome escrito com aquela letrinha torta.
Mãe adora chameguinhos, macaco aranha só para levar do quarto para a sala; ama os desenhos, os jogos de tabuleiro.
Passa a adorar até o Harry Potter, chegando a saber os feitiços e a repetí-los junto com os atores.
Passa a pintar as unhas de rosa...
Mas continua brigando, correndo atrás da bagunça, e se desdizendo, porque vai lá e arruma a zona toda de novo e depois recomeça a reclamação.
Mãe é chata. É briguenta. É pegajosa.
Paga mico. Dá vexame.
E não há nada que se possa fazer contra elas.
Só a favor.

Beijos,
Lela.


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quarta-feira, 14 de maio de 2014

Doente

E aí você se vê doente.
Sem febre,sem dor, sem catarro, sem febre...
Sem nada disso, mas me peguei tonta há mais de 1 semana, mal conseguindo ficar de pé sozinha.
Primeiro achei que minha tontura tivesse ocorrido porque levantei rápido no sábado de manhã prá fazer um xixizinho...Quase dei de cara na porta do closet e fui obrigada a sentar.
Depois esbarrei com o carro na pilastra e minha desculpa foi:"não estava prestando atenção"...
Na terceira vez (só de manhã),fiquei tonta e gelada no shopping e desse vez a desculpa foi a falta do café da manhã.
Ao longo do dia,não melhorou; ao contrário,foi ficando pior, até que não pude deixar prá lá e fingir que não estava acontecendo. Como médica, tinha algumas ideias do diagnóstico,mas como não sou especialista, liguei para a minha amiguinha Otorrino. Só que era domingo e ela estava de plantão. Então fui para o pronto atendimento.
A médica virou paciente...


O diagnóstico foi VPPB, vertigem paroxística benigna. Ou seja, passa.
Que bom.
Só que demora, mais do que eu gostaria. Quase 15 dias afastada das atividades habituais e sem dirigir.
E sem tomar café.
E sem comer doces.
Ou seja, quase cortando os pulsos.
Roubei um bombom de banana, daqueles que ficam mofando na caixa e ninguém quer, pois é, eu quis e achei uma delícia.
Descobri o capuccino descafeínado e é o que está me salvando a vida nos cafés da manhã.
A semana passou devagar, com motorista e com direitos a muitas dormidas, já que não podia nem ler muito, muito menos TV e PC...
Aí o meu motorista quebrou a mão... E lá fui eu tonta e de taxi com ele para o hospital. Engraçadíssimo nós dois no hospital: a tonta e o outro com a mão engessada. Mas deu certo.


Estou melhorando devagar, ainda tontinha ao fazer determinados movimentos.
Mário segue com o braço na tipóia.
Mas seguimos a vida, com a ajuda da Helena, dos nossos filhos e com as orações dos nossos parentes e amigos. E com a grande certeza de que não há mal que sempre dure.

Beijos de saudades,

Lela.

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quinta-feira, 1 de maio de 2014

Começando...

Há tempos venho ensaiando esse começo,mas por uma série de atropelos da vida venho adiando.Falar de quê,prá quê prá quem??Prá mim mesma,ora!!Se alguém vai ler é outra história...
Meus pensamentos são tão variados e vão de um lugar a outro em frações de segundo que às vezes não termino nenhum (rsrs).
Consigo focar quando estou no trabalho e aí volto toda a minha atenção para escutar o que as mães/pais/crianças têm a dizer.Ouço suas queixas, suas dores,seus medos e tento, na medida do possível, fazer com que elas fiquem menores.Consigo?Às vezes,nem sempre,frequentemente...Mas eu tento!
Venho tentando há quase 20 anos e tenho me sentido cansada de uns tempos prá cá. Não cansada das crianças,isso nunca!!Cansada do formato da assistência ,tanto pública, quanto particular. É um modelo massacrante tanto para os profissionais como para a população.E depois de tanto tempo cansa mesmo.
É a idade??Talvez,não sei...
Hoje me divido entre os meus trabalhos e os meus filhos.Realidades diferentes,idades diferentes.Tenho pouco tempo para as outras coisas e muito sono sempre!Tem sempre alguma coisa sendo deixada para trás e estou sempre atrás do relógio.Coelha da Alice...



 Gosto de tantas coisas, mas me sinto um pouco como na música do Kid Abelha :"eu sei de quase tudo um pouco e quase tudo mal..."
Mas,nos dias de hoje,quem não?
Beijo,
               Lela.


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