sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Mets 87

Fui surpreendida em setembro com um grupo no Whatsapp. De velhos colegas do Metropolitano. No meio de toda crise emocional em que eu me encontrava  e cheguei a pensar que não fosse sair. Agradeci particularmente à pessoa que me incluiu e expliquei que talvez não interagisse muito por não estar em condições.
Mas olhava e ria com as coisinhas...
Cada um que entrava era formalmente anunciado com trombetas: "Fulano, is in the house!!" E era saudado efusivamente por todos. De repente estava de volta ao pátio do colégio, mas sem panelinhas. Seres que conviveram no mesmo local, nem sempre juntos, porque cada série tinha em torno de 300 alunos, estavam se (re)conhecendo, abrindo o coração e voltando no tempo.
Um dia comecei a conversar e o mundo se abriu. Eram colegas da mesma sala ( a famosa turma 0) de CDFs, amiguinhas, amigonas, coleguinhas. Gente que não me lembrava de forma alguma. Pessoas que hoje moram em Salvador, Belo Horizonte e até coleguinhas internacionais (Chiquérrimo,né?). Desde sempre as certezas eram :era um grupo para pessoas fortes e de nervos de aço (duzentas mil mensagens...) ; a outra era que nada edificante seria postado ali. E realmente.
Pessoas saíram. Pessoas nunca apareceram. Pessoas quase nunca aparecem. Pessoas pouco aparecem e "reclamam que não conseguem acompanhar". Mas os que são frequentes (um pouco mais de 15), fazem os dias serem mais alegres, coloridos e engraçados.
São filhos, maridos, irmãos, pais, esposas...Profissionais das mais diferentes áreas,.. Prá terem uma ideia, sou a única médica. Não têm dentistas. Tem publicitária, tradutora, psicólogos, professores, engenheiro, contabilista e mais... Só que eu não sei o que a maior parte desses amigos faz e nem me interessa saber.


Sei que são pessoas muito queridas, que conviveram comigo em algum momento e que agora fazem os meus dias mais fáceis e divertidos. Sei que são pessoas que moram no meu coração e, se algumas não moravam antes, era por puro desconhecimento. Agora têm, cada um, seu pedacinho.
Todos dividem problemas, alegrias, frustrações, vídeos estranhos, piadinhas infames, falta de dinheiro. Até bolão da mega sena já fizemos juntos, mas não logramos êxito (Snif...)
Tive a felicidade de encontrar alguns amigos em outubro numa ida rapidinha ao Rio e no dia de voltar tive uma reação alérgica no olho. Precisei ir ao médico e colocar um tampão no olho doente e bastou isso para ser lançada a campanha "Somos Todos Gabi" com os queridos postando fotos tampando um olho. Só rindo!


Em novembro consegui ir a uma reunião maior. Um churrasco. No pátio do colégio. Foi muito emocionante, muito feliz e muito alegre.Tantos risos, abraços, beijos... Felicidade em estado puro. Ana foi comigo. Visitamos as salas, entramos e saímos dos vestiários, teve jogo na quadra...
Fomos felizes naquele sábado, como fomos felizes por muitos anos ali dentro daquele lugar.
Tivemos oportunidade de nos vermos ao vivo e em cores, de confirmar que apesar da dureza da vida, somos felizes por termos uns aos outros por vontade própria. Sem imposições de notas, sem panelas, sem pieguice.
Com amor, como tudo deve ser.
Até meu irmão foi.
Dia perfeito



Beijos e que bom que os METS existem!!

Lela.

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6 comentários :

  1. Gabilela, você é uma parolante de marca (muito) maior!

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  2. Lela querida, vim aqui para me deliciar com seus relatos. E descobri que passamos por experiência similar: você com seus Mets e eu com os Faus! Nada mais verdadeiro do que "somos felizes por termos uns aos outros por vontade própria". Obrigada por colocar em palavras o sentido que me faltava! Se você me permite, vou comentar com eles, dizendo que ouvi da sábia de BH. Beijos.

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  3. Nan, meus Mets me fizeram muito feliz esse ano de uma maneira que não pensei que fosse possível...Beijos

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